— É realmente constrangedor ter passado por isso e falar sobre em rede mundial. Mas, eu como figura pública e influenciadora nessa sociedade posso e devo alertar sobre; chefe abusadores, professores, namorados e maridos… — fiz uma pausa para recuperar o fôlego — Hoje em dia o que mais tem são meninas e meninos, mulheres, bebês sendo abusados sexualmente nas ruas e locais que deveriam ser o lugar de acolhimento. Eu peço de coração que fiquem atentos a todos os sinais e se você passa por isso, não tenha medo de falar.
— E como você lidou com a morte de Noah Urrea? Sua melhor amiga o matou em legítima defesa na sua frente, não deve ser uma boa lembrança.
— Estou indiferente ao caso. E fico feliz que Linsey assumirá a empresa.
— Você ficará na empresa com essa nova liderança?
— Essa pergunta ainda não tem resposta.
— Obrigada pela entrevista, Shivani.
— Nada. — Eu recoloquei o óculos escuro e segui até o carro. Havia acabado de sair do exame de corpo de delito.
O ontem ainda martelava minha cabeça e eu sei que amanhã cedo já tenho uma consulta ginecológica marcada.
— Zane, para minha casa, por favor.
— Sim, Senhorita.
— Obrigada. — me encostei no banco do carro, sentindo o couro sintético frio contra minhas costas.
Na próxima quarta teremos o julgamento, a família Urrea terá que me pagar uma bela indenização pelos danos. Planejo doar tudo para ONGs de ajuda e acolhimento.
— Zane, Bailey e mamãe estão na minha casa, certo?
— Certo.
— Está bem. Eu quero muito ver eles.
Abri um sorriso preguiçoso imaginando rever minha mãe depois de tanto tempo.
Pedi a Bay para aguardar lá e ajudar com as malas dela.
Nós passamos pelo Miami Memory Garden Cemetery. Está tendo um enterro. O enterro dele. Eu reconheci a mãe dele naqueles trajes pretos. Não vi a irmã dele, nem sei se ela está ali, mas a raiva dela é nítida no pronunciamento. Ela já não gostava dele.
Zane acelerou quando já estávamos perto de casa. Estacionou, abriu a porta e me acompanhou até dentro, como um segurança.
— Eu cheguei… — falei abrindo a porta.
Os olhares deles pousaram em mim e eu tentei não chorar com a melancolia na qual carregavam.
— Minha bonequinha. — Mamãe me abraçou forte. O retribui com lágrimas nos olhos e me encostei no ombro dela.
— Mãe…
— Está tudo bem agora. Te prometo. — ela passava as mãos pra cima e pra baixo nas minhas costas, numa maneira de reconfortar.
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Estrelismo • Shivley Maliwal
Fanfiction𝙀𝙨𝙩𝙧𝙚𝙡𝙞𝙨𝙢𝙤 💫 [+𝟭𝟲] 📍ST. Augustine, Flórida Todos o viam como apenas um grandalhão bruto e rígido, mas Bailey era muito além disso. Ele era um irmão dedicado, que desde cedo se viu na difícil tarefa de ter que criar a sua pequena irmã s...