Capítulo 8

1.5K 148 6
                                    

Eduarda

Tem alguns minutos que Fontana saiu do quarto e decido ir tomar banho para diminuir o estresse, quando estou trocando de roupa a porta se abre revelando Maitê e Clarisse e atrás delas os minis seguranças peludos, minha pequena vai até o tapete e se senta no chão brincando com eles.

- Cara sua irmã roubou meus filhos! Ela diz dramática e apenas rio.- Está melhor os ânimos ficaram meio tenso lá embaixo, sinto muito pelo comportamento ruins de meu irmão, foi uma falta de respeito tremenda te fazer passar por essa situação com essa tal de Bruna! Diz e sento me ao seu lado.

- Ele é solteiro e pode fazer o que quiser, mas só quero não ter que passar por situações desagradáveis e ainda aguentar sua namorada me atormentando! Ela me olha confusa.

-Acho que ela não é namorada dele não! Ela diz dando de ombros.

-Realmente ele disse que ela era apenas sexo, mas para Bruna a situação não é bem essa não, ela realmente gosta do seu irmão e não acho justo que ele a use dessa maneira e depois a descarte como se não fosse nada quando ele cansar! Ela afirma. - É cruel demais, e além do mais o nível de instabilidade que Bruna já se encontra por causa de seu irmão me preocupa! Digo aflita.

- Por quê?

- Minha mãe começou assim era somente um caso sem compromisso e ela foi se apaixonando e engravidou de mim e meu pai se juntou com ela, mas sempre aprontou a traía e ela cega pelo amor perseguia as amantes dele as ameaçava, depois foi ficando mais instável ao ponto de agredi-las fisicamente e foi assim por anos, e ao olhar para Bruna me faz lembrar de minha mãe dessa forma, quando ela está com seu irmão sempre faz de tudo para me provocar, como se quisesse passar na minha cara que ela o tem! Suspiro negando.

- Caramba eu não sabia disso, e o que aconteceu com sua mãe, ela largou o traste de seu pai?.Indaga curiosa.

- Quem dera ela tinha um amor doentio por meu pai e acabou se matando quando presenciou ele e sua amante transando na cama dela! Maitê me olha chocada.

- Nossa não sei nem o que falar! Diz estasiada.

- Muitas vezes nem eu acredito que o ser humano pode chegar a tanto por causa de um amor doentio! Suspiro levantando e pego minha carteira, vendo se meus documentos estão todos ali dentro. - Bem aproveitarei minha folga para andar um pouco por aí para ver se acho uma casa para alugar! Comento deixando o assunto sobre minha mãe pra lá pois apesar de fazer alguns anos é um assunto que ainda me dói.

- Se quiser posso ligar para minha amiga que é corretora e ver o que tem disponível! Ela diz olhando para minha irmã que tem um sorriso singelo nos labios rosados enquanto os dois filhotes bricam de cabo de guerra com um ursinho velho.

- Eu já disse que sou lisa mulher e com certeza essa sua amiga vai querer mostrar casa que custa um rim, e nem assim poderei comprar já que meus rins ainda estão funcionando pelo milagre de Deus! Ela rir com que digo.

Chamo o Uber e vejo que ele irá demorar um pouco, então aproveito para banhar e arrumar Clarisse, desço as escadas com cuidado segurando a mão de Clarisse e quando chego na sala flagro Maitê e Caim se agarrando no sófa.

Chamo o Uber e vejo que ele irá demorar um pouco, então aproveito para banhar e arrumar Clarisse, desço as escadas com cuidado segurando a mão de Clarisse e quando chego na sala flagro Maitê e Caim se agarrando no sófa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tampo os olhos da minha irmã e tento passar despercebida por eles para não atrapalhar-los.

-Cuidado qualquer coisa ligue para mim, deixei meu número e de Caim gravados em seus contatos! Olha para ela intrigada e ela rir.

- Certo até mais tarde! Saio da casa e ficamos cerca de 10 minutos esperando o Uber chegar.

Já é quase 18:30 da noite e andamos pra caramba e toda casa que achei para alugar o preço era salgado. Ando até a barraquinha compro um lanche para Clarisse e apenas um suco para mim.

Sentamos no banco da pracinha olhando as crianças brincando enquanto espero Clarisse comer. Saio do meu momento de distração quando meu celular começa a tocar e vejo ser o delegado que me chamou na delegacia, pego um táxi para ir mais rápido e ao chegarmos lá o encontramos em frente à delegacia, ele nos leva até sua sala e me dá uma notícia que me deixa chateada.

- Então quer dizer que ele está solto? Digo o encarando tentando ver qualquer traço de brincadeira.

- Sim, infelizmente a justiça nesse país é falha e o que posso fazer por vocês agora e pedir uma medida protetiva para vocês duas! Afirmo com raiva já que não tem outro jeito.

Ele pediu para que um dos policiais me traga de volta a casa de Fontana, e pediu para ter cuidado ao sair de casa até que a medida protetiva seja assinada por um juiz.

-Obrigada! Digo ao policial que apenas afirma e se vai. Vejo o carro de Fontana se aproximar e ele descer do carro apressado vindo até nós.

- O quê aconteceu por que o carro da polícia trouxe vocês? Pergunta afoito.

-Meu pai foi solto, e seu primo me chamou lá para conversar comigo então ele pediu para que o policial nos trouxesse, e pediu para que eu tivesse cuidado ao sair de casa até que o juiz assine a medida protetiva que ele pediu! Suspiro cansada.

- Mas que merda! Ele diz zangado e abre o portão para que pudéssemos entrar.

- O quê aconteceu? Maitê nos encara.

- O pai dela foi solto! Fontana pronuncia e deixo Clarisse brincar com seus amiguinhos caninos. Ando até a piscina sentindo a brisa da noite e me sento na espreguiçadeira sentindo minha cabeça latejar em preocupação.

- O quê tanto te atormenta?.Olho para Fontana e suspiro cansada.

-Tudo, eu sei que ele virá atrás de minha irmã, ele sabe que se estiver com ela em seu poder terá a mim também, e terei que voltar aquela vida desgraçada onde terei que trabalhar dia e noite para manter as contas de casa, enquanto o dinheiro que ele ganha nos seus bicos são apenas para cachaça, drogas e mulheres, estou tão farta disso! Digo a ele que passa as mãos por minhas bochechas só ali percebi que estava chorando. Ele me puxa para seu corpo e me abraça me deixo ser frágil por alguns minutos ali naqueles braços acolhedores. E quem diria que estaria abraçada ao homem que mais odiei em minha vida depois de meu pai e ainda mais que o mesmo está sendo minha tábua de salvação em meio às turbulências que estou passando esses dias. -Obrigada por está nos ajudando com esse problema senhor Fontana!. Digo a ele que apenas afirma e ficamos ali no silêncio da noite.

Nas garras do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora