CAP: 14. Sobre o Minho Pt I

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Era seguro presumir que Minho não teve exatamente uma educação normal, mas era difícil imaginar a rapidez com que sua vida familiar se deteriorou

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Era seguro presumir que Minho não teve exatamente uma educação normal, mas era difícil imaginar a rapidez com que sua vida familiar se deteriorou. Apesar de vir de uma linha bastante proeminente de uma outrora poderosa família de bruxas, ele não considerava mais as pessoas que tinham relação de sangue com ele como família. 

Normalmente, quando os filhos de uma família de bruxas atingiam a idade de 8 anos, eles começavam a mostrar os primeiros sinais de habilidade mágica. Mas Minho era diferente. A princípio, sua família pensou que ele poderia ter nascido sem nenhuma habilidade, já que Minho tinha quase 10 anos e ainda não mostrava o menor indício de magia. Seus primos e outros parentes frequentemente o provocavam e o chamavam de mundano, um termo depreciativo usado para aqueles de linhagens mágicas que não possuíam nenhum poder. Minho os odiava por chamá-lo assim, mas apesar de seus protestos, no fundo ele temia que pudesse ser verdade. Talvez ele realmente fosse apenas... mundano.

Em uma manhã quente de verão, tudo mudou rapidamente. 

Infelizmente foi para pior.

Minho estava sentado no pequeno jardim do lado de fora da casa de sua família, rabiscando furiosamente símbolos e padrões sem sentido em um pequeno diário, quando ouviu um baque surdo vindo de trás dele. Olhando ao redor, ele não conseguia identificar o que havia causado o barulho e, colocando seu livro no chão, levantou-se cautelosamente para investigar. Não demorou muito para ele descobrir o corpo de um pequeno tentilhão caído no chão sob uma das janelas da casa. Enquanto a maioria das crianças teria deixado o pássaro onde estava, Minho pegou a pequena criatura, esfregando-a suavemente com o polegar, como se estivesse tentando acordá-la de um sono profundo. Ele ficou um tanto desapontado quando não mostrou nenhuma reação ao seu toque. Segurando-o nas palmas das mãos, ele cuidadosamente o carregou até onde seus pais estavam sentados.

-O que aconteceu com isso? Por que não acorda?- Minho perguntou em voz baixa enquanto estendia as mãos para mostrar ao pai o passarinho.

-Ai Minho…-

Seu pai deu a ele uma expressão desamparada antes de se abaixar e gentilmente colocar a mão no ombro de Minho de uma maneira tranquilizadora.

-Receio que esteja morto.- Ele respondeu, olhando para o pequeno pássaro, dando-lhe um pequeno cutucão para confirmar suas suspeitas.

-Mas por que tinha que morrer?- Minho perguntou em um tom mais curioso.

-Infelizmente, essas coisas simplesmente acontecem.- Seu pai respondeu com um suspiro.

-Mas eu quero que ele viva.- Minho continuou com um beicinho enquanto se fixava no pequeno pássaro. -Eu não quero que ele esteja morto.-

-Infelizmente não há nada que possamos fazer sobre isso. A morte é uma coisa inconstante.- Seu pai começou a dizer antes de começar a notar um estranho brilho vermelho aparecer por baixo do pequeno pássaro, aparentemente vindo das mãos de Minho.

❏°•𝐍𝐄𝐂𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄𝐑•°❐(Hyunlix & Minsung)Onde histórias criam vida. Descubra agora