Deriva - Bucky Barnes

16.

🚩🚩Atenção conteúdo sensível 🚩🚩
Contém violência que pode gerar gatilhos, por favor ao menor desconforto em ler pule o capítulo.

Washington, Estados Unidos - Março de 2008

Era pra ter sido mais uma quarta - feira normal, Vasily tinha ido cedo para base da HYDRA, Eliza saiu para escola, o filhote Pingo tinha ficado em casa com o pote de ração bem cheio para que durasse até o fim do dia, mas aquele dia teria um final diferente, mudaria o curso de algumas coisas para sempre. Quando uma onda forte vem vindo ou você pula ou você se prepara para o impacto.

A aula era sobre geografia e Eliza já tinha morado em metade daquele mapa, estava entediada, olhava para fora da janela a sua direita onde via algumas crianças correndo no pátio da escola, estavam brincando de pique - esconde. 

- Eliza? - a professora e toda a classe olhavam diretamente para ela - Sabe responder minha pergunta?

Ela olha ao redor se dando de conta que tinha ficado perdida em pensamentos por muito tempo, olha no quadro algum indicativo sobre o que a professora perguntava até que escuta a colega de trás soprando.

- Capital da Suécia. - ela fala em um sussuro.

- Estocolmo é a capital da Suécia. - ela responde rápido.

- Muito bem! - a professora fala prosseguindo a aula. 

- Obrigado! - Eliza fala virando para trás - Eu me distraí...

- Eu vi - a garota da uma risada de leve - as aulas dela não são lá muito agitadas.

Quando virou para a janela novamente as crianças tinham sumido, estranhamente as mochilas estavam jogadas pelo gramado ainda, mas não havia sinal de ningúem lá fora, gritos foram ouvidos seguidos pelo som dos tiros, cada célula do corpo de Eliza parecia ter paralisado, seus olhos apenas capturavam a cena dos colegas se jogando no chão na tentativa de se proteger do que estava por vir, a professora gritava desesperada para que todos se protegessem atrás das classes, mas Eliza não tinha movido um músculo do lugar. 

De repente tudo ficou em silêncio, sons eram emitidos mas ela não ouvia, sentia seu peito subir e descer e escutava as batidas do seu coração que parecia estar batento devagar para não fazer barulho. Escorregou lentamente para trás de sua classe e fechou os olhos, nunca tinha experimentado o medo de morrer, não sabia que teria que experimentar tão cedo.

Quando a porta da sala se abriu em um baque, os gritos se misturaram com "por favor, não!", se misturaram com o barulho dos cartuchos da metralhadora caindo no chão e com o sangue que começou a escorrer, os olhos de Eliza registraram tudo inclusive o momento em que a arma foi apontada para si, naquele instante algo foi jogado sobre o atirador, que se virou e tentou atirar em quem quer tivesse o atingido, o atirador saiu porta a fora perseguindo e fazendo mais vítimas, atirava em qualquer um, atirava em todos.

***********************************************

- Coronel? - uma mulher fala entrando na sala de Vasily - Acho que o senhor precisa saber disso...

A mulher entrega para ele a informação que a escola de Eliza estava sob ataque de um atirador, nunca na sua vida pensou que seria na escola que sua filha iria correr o maior risco de vida. Sem pensar duas vezes ele se levantou saindo de sua sala, indo em direção ao corredor que dava acesso ao Projeto do Soldado Invernal.

O soldado estava sentado em sua cama na sua cela, na mesma posição que ficava sempre quando não estava cumprindo missões ou na criogenia, Vasily entrou rápido já ordenando.