23.

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Ás vezes é necessário se render ao destino, linha temporal, escrituras sagradas, qualquer uma dessas teorias que contam sobre estarmos onde precisamos estar, no momento em que precisamos estar. Qualquer coisa que lhe convença que apesar de tudo, no final valeu a pena.

Eliza via pela janela, Bucky e Sam conversando no gramado, estavam revezando arremessos do escudo, pareciam estar tranquilos e confortáveis na presença um do outro, exatamente como Steve gostaria. A cena era tão linda que Eliza arriscou registrar mesmo de longe, pegou o celular do bolso da calça e tirou uma foto. Não diria, mas já tinha a prova de que os dois estavam virando bons amigos.

Depois de um final de semana na casa dos Wilson, Bucky e Eliza voltaram para a barulhenta Nova York, ela precisva voltar ao trabalho e ele tinha decidido durante a viagem de volta que seguiria o conselho de Sam, iria fazer o que só ele podia fazer e abandonaria aquele caderninho de uma vez por todas.

Bucky encheu o pote de água de Chester antes de sair e acompanhar Eliza até o trabalho no hospital, depois decidiu que iria andando, a noite já havia começado a cair e quando ele chegou até o prédio já estava escuro. Muito exitante ele bateu na porta.

- Ei, o que estava fazendo aqui? - Nakajima pergunta ao abrir e ver Bucky - É tarde, entre antes que chamem a polícia.

Bucky entra e fica encarando a foto do filho de Nakajima que ele mantinha sempre ali.

- O que você está fazendo aqui? Não é quarta-feira.

- Eu... tenho que te contar uma coisa. Sobre seu filho.- Bucky retira a luva da sua mão de metal e senta para encarar Nakajima nos olhos.

- Ele foi assassinado.

- O quê? - Nakajima pergunta confuso em um sussuro.

- Pelo Soldado Invernal - Bucky continua - Por quem eu era...

- Por quê?

- Eu não tive escolha... - Bucky diz engolindo o nó na garganta.

Bucky sentiu o peso das suas próprias palavras quando saiu do prédio, era como se ele tivesse acabado de puxar o gatilho mais uma vez.

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- Eliza, será que a gente pode trocar uma palavra rapidinho? - Collins pergunta a ela baixinho.

- Se for rápido, sim. Meu turno termina em dez minutos. - ela diz olhando para o relógio no pulso.

- Nossa... você preocupada com horário de sair, isso é novo para mim. - vendo que ela estava apenas parada de braços cruzados na sua frente ele continuou - Bom... eu estou muito feliz em ter você de volta aqui no hospital, é muito bom poder te ver de novo e ...

- Dr. Collins, eu agradeço, mas se veio até aqui só para isso eu indico que pare.

- Eliza eu sei que você está chateada comigo, mas é difícil para mim. - ele passa a mão pelo rosto quase em desespero - Olha... as coisas saíram do controle quando todo mundo voltou e eu não soube como agir direito, a June voltou e eu...

- Sua esposa June, você quer dizer. - ela o corta o corrigindo.

- Isso, minha esposa voltou, só que... eu me apaixonei por você Eliza. Me diz que não foi só eu... - ele encara ela nos olhos quase implorando.

- Eu sinto muito, mas eu preciso ir. - ela diz rápido checando o relógio e dando as costas á ele.

Eliza tinha tido um romance infeliz com o Dr. Collins durante o Blip, não sentia nada na época e muito menos agora, seu coração tinha dono desde muito antes. Eliza estava apaixonada, mas não por ele.

Deriva - Bucky BarnesWo Geschichten leben. Entdecke jetzt