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⚠️ Possível Gatilho ⚠️

⚠️ Possível Gatilho ⚠️

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21h18min.

— Tsumu, seu cabeça oca – Osamu chamou, tendo um breve déjà vú. – Vamos conversar, anda. Abre essa porta.

Nenhuma resposta lhe foi dada. Atsumu nem mesmo abriu a boca para pedir que ele fosse embora. Zero palavras, zero sons atravessaram a porta. Osamu não era uma pessoa paciente, menos ainda quando se tratava do seu irmão. Ele puxou o celular do bolso, ligando para o gêmeo loiro que se escondia atrás da madeira escura e duas paredes brancas.

Nada. Absolutamente nada.

Osamu não ouviu o celular do irmão tocar, começando a cogitar que ele havia pulado a janela e saído sem rumo. Quanto drama! Foi apenas uma briga, por que tudo isso? Não era o fim do mundo, nem mesmo haviam perdido algum jogo super importante. Sakusa e Atsumu apenas brigaram, então por quê? Por qual razão o loiro está agindo assim?

Apesar de conhecer o gêmeo melhor que qualquer um, isto estava além dos limites de Osamu. Ele não conseguia ver sentido. Como Sakusa conseguia afetar tanto assim Atsumu? Eram perguntas demais para nenhuma resposta dada.

— Tsumu, abre a porta! Eu sei que você não saiu pela janela. – estava irritado. – Você tem medo desde os 12 anos, não ouse tentar me enganar ou me assustar.

— Vai embora! – ganhou a resposta. A única que não queria. – Eu não quero conversar com ninguém, me deixa em paz.

— Escuta aqui, seu cabeça oca, ficar isolado não vai resolver nada. – bateu mais uma vez. – Conversa comigo, me ajuda a entender o que tá acontecendo.

Passos foram ouvidos e pouco tempo depois a porta foi aberta. Atsumu tinha olhos vermelhos, rosto molhado e inchado. Claramente havia chorado muito em pouquíssimo tempo. Por esse motivo ele não queria abrir a porta, certo? Claro que sim. Estava deplorável, idêntico a quando teve seu primeiro coração partido com quinze anos. Para aliviar um pouco o coração de Osamu, seu irmão não parecia estar sangrando como dois anos atrás.

Parecia.

— O que aconteceu com você? – Osamu segurou seus braços, procurando algum corte. – Se machucou?

— Não, não machuquei. – fungou. – Te prometi que não faria aquilo de novo e não farei.

— Menos mal. – suspirou, caminhando com o irmão para dentro do quarto.  – Vamos ter uma conversa, okay? Conta o que está sentindo.

— Achei que o Omi- Sakusa, teria uma reação diferente quando eu dissesse que não gosto mais dele... Mas ele não ligou pra isso. – seus olhos se encheram outra vez. – Aparentemente, até feliz ficou quando disse aquilo.

— Irmão...

— Eu errei de novo. – olhou para Osamu. – Achei que ele gostava de mim, mas não gosta. Igual dois anos atrás, com Yatori

— Não! – Samu protestou. – Você não pode comparar o Sakusa-san com ele, Tsumu. Kizakami foi a pior pessoa que entrou na sua vida. Ele acabou contigo da forma mais cruel de todas. Kizakami quebrou e pisou no seu coração!

— E o que o Sakusa fez? Não fez o mesmo?!

— Definitivamente não! Como pode falar isso?!

— Porque eu estou sentindo! Você apenas viu meu exterior, não sabe a dor que senti naquele maldito ano! – Tsumu agarrou sua própria camisa, apertando-a forte na região do peito. – Tá doendo pra caralho, de novo! Pela segunda vez! Não mudou porra nenhuma!

— Tsumu...

— Nunca vai mudar! – aumentou o tom. – Kizakami e Sakusa são idênticos! Dois merdinhas que não ligam para os meus sentimentos!

— Sakusa-san liga para eles sim! Acha que ele já não teria te descartado antes se não ligasse?!

— Ah, que ótimo. Deveria bater palmas para ele? – levantou-se começando o gesto que citou enquanto andava. – Meus parabéns, Sakusa Kiyoomi, você é um merdinha mais descente. Parabéns por não descartar, mas desprezar de forma cruel os meus sentimentos. De verdade, MUITO OBRIGADO, PORRA!

— Atsumu, para!

— NÃO! – virou-se para ele. – Sai do meu quarto. Se quer defender aquele cara, defenda longe de mim. Você era o único que eu precisava do meu lado, mas nem isso posso ter. Vai embora, Osamu. Me deixa sozinho.

— Tsumu, não vou te deixar sozinho. Você tá surtando de novo.

— Não estou surtando. – respondeu enquanto as lágrimas começavam a cair. – Eu só... Desabafei. Tô cansado, Samu. Cansado de tudo, até de mim mesmo.

Sem saber o que responder, Osamu apenas puxou seu irmão e o abraçou. Apertou-o com toda força confortante que tinha, fazendo carinho no cabelo dele enquanto isso. Finalmente estava começando a entender tudo.

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Aiai, né ☕
Tchau gente, até o próximo que sairá daqui uns dias ✨

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