| 68 | Miya Atsumu | Parte 2

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⚠️ TW: Automutilação; Bullying ⚠️

— Não sei se realmente pode gerar gatilhos em alguém, mas é melhor avisar para que fiquem espertos. Leiam cientes que avisei sobre e não me xinguem 🫵🏻

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Posso ter o coração partido diversas vezes, mas continuarei tentando. Prefiro sempre arriscar, ao transformá-lo em pedra.”

Lenilson Xavier 🍂

"A Decadência de Atsumu"Por: Miya Osamu

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"A Decadência de Atsumu"
Por: Miya Osamu.

Recordo-me com clareza de como era Atsumu antes de tudo que aconteceu. Muitos acreditam que ele sempre foi arrogante e um belo merdinha egocêntrico. Não posso negar que ele era, pois seria passar pano demais para suas babaquices. Atsumu às vezes agia igual o Rei Kageyama, ou até pior que ele.

Há quatro anos, antes de entrarmos na Inarizaki, jogávamos em uma escola pequena que mal focava nos clubes esportivos. Mamãe tinha acabado de se divorciar do nosso pai, então as nossas condições não permitiam o pagamento de uma escola grande e super magnífica com um MEGA clube de vôlei. Apesar de ser ruim, ainda era um clube de vôlei e não iríamos ser idiotas de não entrar nele. E, cara, foi uma ótima decisão em certos pontos. Se não fossem os ocorridos, teria sido uma das melhores experiências de nossas vidas.

Apenas uma semana no clube e fomos considerados os melhores do time. Mas isso só porque todos juntos tinham a mesma experiência e conhecimento sobre vôlei que o primeiro time do Hinata. Nosso treinador, por notar que jogávamos há tempos, pediu que Tsumu e eu ajudassemos os garotos nos treinos. É nesse momento que ele começa a se parecer com o Kageyama.

Atsumu não era o ser mais paciente do mundo aos treze anos, e qualquer erro era um gatilho para ele gritar e brigar, mesmo sabendo que os caras eram inexperientes. Daí que surgiu sua má fama e todos pararam de querer jogar com ele. Por causa desse jeito idiota dele, nós perdemos alguns caras que se negaram a jogar com um "mauricinho babaca que só olha para o próprio umbigo". Jamais irei julgar, pois nem eu seria capaz de aguentar o Atsumu como ele era.

E sim, eu não aguentava. Atsumu nunca gritava comigo porque sabia que iria apanhar. Naquela época ele tinha menos coragem do que tem hoje em dia.

Puxei sua orelha diversas vezes para ele se tocar do que estava fazendo, mas esse jumento sempre foi o que ele é: Um jumento. Só notou que estava afastando todos quando apenas eu falava com ele nos treinos. Percebendo que agia igual nosso pai, Atsumu tentou se redimir e ser um cara mais legal com todos. Acontece que nenhum dos garotos tinha muita confiança nesse jeito dele, achando ser falso ou uma atitude temporária. Mesmo com as desconfianças e os olhares tortos, ele seguiu nas suas tentativas de mudar e ser melhor. Não queria de forma alguma parecer mais ainda com nosso pai. Um cara controlador, tóxico, irritado e um cão raivoso que não sabia o momento certo para parar de latir.

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