| 59 | Sakusa Kiyoomi | Parte 2

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Solidão: um lugar bom de visitar uma vez ou outra, mas ruim de adotar como morada.

— Josh Billings. 🥀

"Passado de Sakusa"Por: Komori Motoya

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"Passado de Sakusa"
Por: Komori Motoya

Sakusa Kiyoomi, filho mais novo de uma família rica que deixou de depender dos pais aos seus dezesseis anos.

Recordo-me de sempre ir até sua casa, quando mudei para uma mais próxima, e nunca avistar seus pais ou irmãos interagindo com ele. Meus tios estavam sempre ocupados demais com trabalho, chegavam tarde e apenas davam boa noite para os três filhos. Às vezes, por ser o mais novo, Sakusa já estava em sono profundo quando eles iam até seu quarto dar a mínima atenção. Não vivi em sua pele, então sou incapaz de descrever seus sentimentos... Ou a falta deles.

Ignorando a não presença de seus pais, também notava a negligência de seus irmãos mais velhos. Estavam sempre ocupados demais com a escola e outras coisas de gente mais velha, que nunca conseguiam sequer um segundo para olhar os desenhos tortos de Sakusa, fazendo-o desistir disso por completo.

Sakusa não sabia conversar comigo ou com suas babás. Sempre negava qualquer brincadeira ou coisa parecida por achar bobo. Uma besteira. Ele tinha apenas seis anos e já não era como as outras crianças. Achei que as coisas seriam diferentes quando ele entrou na mesma escola que eu, mas não foram. Ele não sabia falar com as outras crianças e sempre sentava longe de todo mundo no intervalo. Durante a saída, sempre notei seus olhos focados em pais e mães que buscavam seus filhos pessoalmente, enquanto ele apenas esperava pelo motorista da casa.

Tudo ficou pior depois de alguns meses. Por causa de crianças mais velhas, Omi desenvolveu a germofobia.

Foi em uma quinta-feira, eu estava doente e não pude ir para a escola, fazendo Sakusa não ter com quem conversar. Mas ele tentou, realmente tentou. Se aproximou e contou as coisas curiosas que havia aprendido lendo os livros da biblioteca dos seus pais. Também — sem querer — acabou exibindo-se um pouco pela riqueza da família. Crianças mais velhas, mais ou menos dois anos acima, não gostaram de ter um filhinho de papai entre eles. Acharam Omi muito arrogante para alguém tão jovem e quiseram dar uma lição nele.

Sakusa não descreveu em detalhes o que eles fizeram, mas eu soube que acabou parando no hospital. Ficou doente e quando saiu passou a agir estranho, até ser diagnosticado com a germofobia. Não queria sair de casa sem uma máscara ou álcool gel, e às vezes até levava luvas na mochila. Eu protegi Kiyoomi com toda minha força, tentando ao máximo não deixar ninguém tocar nele. Mas é claro, não pude fazer muita coisa e, por causa de certos infortúnios, seus pais decidiram tirá-lo da escola e fazê-lo ter aulas em casa.

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