-Hogwarts-

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Algumas horas depois, os alunos começaram a vestir seus uniformes. Hermione teve que passar de cabine em cabine, avisando que estavamos chegando afinal esse ano era monitora, porem decidiu ficar com seus amigos na cabine.
Harry decidiu esperar um tempo antes de ir ao banheiro se trocar, na esperança de não encontrar muitos alunos em seu caminho, sendo o mais discreto possível.
Uns 30 minutos depois o moreno corre para o banheiro de trem se vestir. Ainda dentro do banheiro, nota sobre a pia um anel peculiar que reconhece rapidamente -um anel prata com uma cobra estampada- Malfoy. Recolhe o anel o depositando em seu bolso.

Harry sai do banheiro e caminha pelo corredor vazio, tinha o objetivo de devolver o anel para Malfoy porém não tinha ideia de onde o mesmo estaria.

Por enquanto decide apenas guardar o objeto e seguir para sua cabine, tentaria achar Malfoy quando chegassem ao castelo.

-Finalmente chegamos, não vejo a hora de cair na cama.- murmura Ron esfregando suas mãos nos olhos.

-Estou animado para ver a estufa de Herbologia, durante a guerra ela ficou detonada.- diz Neville.

-Estou curioso para saber qual será o professor de DCAT,- Harry se pronuncia sem olhar pra os amigos -espero que o desse ano não tente me matar.

O clima pesou, agora todos estavam olhando para seus pés desconfortáveis. Por sorte, o trem finalmente chegou a Hogwarts, e todos sairam com pressa do expresso.


Todos estão olhando ao redor do grande salão principal, estava mais deslumbrante do que nunca. Com o reflexo do céu estrelado no teto, as luzes flutuantes, as mesas decoradas de acordo com suas casas na ordem de Sonserina, Grifinoria, Lufa-Lufa e Corvinal. Sem falar na porta de entrada ao salão, que foi reformada e encantada para rejeitar qualquer um que não fosse autorizado.

Quando todos estão em suas mesas, olham para a nova Diretora de Hogwarts, Minerva McGonagall.

-É com imenso prazer dizer que Hogwarts finalmente está reformada para receber alunos. Com melhor segurança e conforto para todos.-diz a diretora sorridente. -Sei que muitos aqui passaram por situações complicadas, momentos indesejados até aos nosso inimigos, mas quero os lembrar que Hogwarts está sempre aqui para recebê-los.- McGonagall menciona outras várias coisas e faz a seleção dos primeiristas,- que surpreendentemente não proporciona muitos Lufanos- , finalmente termina seu discurso. -Antes de liberar o jantar, gostaria de uma salva de palmas para o nosso Salvador, Harry Potter!

Harry on

Meu merlin, nesse momento eu só queria sumir. O salão todo esta batendo palmas e gritando o meu nome, como se somente eu tivesse matado Voldemort. Odeio situações assim, porem tento disfarçar com um sorriso falso e envergonhado.

Finalmente os aplausos se cessam e me sinto aliviado com o jantar finalmente liberado, confesso que tenho comido bem menos do que é necessário, mas é quase impossível de comer só o pouco que me forço.

Assim que os monitores começam a guiar os primeiristas pelos corredores encantadores do castelo, vou seguindo logo atrás, admirando os quadros e pinturas.

Ao chegar na Comunal Grifinória, meu olhos brinham de encanto, é simplesmnete lindo. A Comunal continua levemente semelhante a como sempre foi, porem com mais detalhes em dourado e mais quartos.
Rapidamente eu, Ron, Neville Simas e Dean vamos procurar o quarto com as nossas coisas. As camas continuam em círculo, porém os quartos realmente mudaram. As paredes em um vermelho vivo com desenhos de leão em dourado, o tapete com o brasão da casa, os lençóis em um leve xadrez vermelho e preto, com cortinas elegantes.

Harry off

Os cinco garotos paralizam observando seu dormitório, indo em direção as camas. Harry escolhe a cama com a janela mais próxima.

Já estava tarde, todos estavam dormindo. As cortinas das camas todas fechadas, e Potter não conseguia dormir. Tem sido assim a meses, mas o moreno tinhas esperanças de que isso melhorasse assim que chegasse a Hogwarts, que não ocorreu.

Deitado com o topo das costas e a cabeça encostados na cabeceira da cama, Harry olha fixamente para o anel que encontrara no trem. Pensou em devolver para Malfoy no Salão principal, mas queria evitar a atenção que seria proporcionda, imagine - O grande Harry Potter indo em direção a mesa da Sonserina (a mais odiada após a guerra) para falar com Draco Malfoy - só faltaria ter holofotes em sua direção.

Girava o anel de cobra em seus dedos pensando em como devolvê-lo ao dono, mas falha ao lembrar do momento no expresso que riu com Malfoy. Havia tido uma conversa agradável após muitos anos de conflitos e brigas com Draco.

Entretanto, esse não é seu motivo de permanecer acordado tão tarde, mas sim o motivo para se acalmar após mais um de seus recorrentes pesadelos. Geralmente se tratava da guerra e de Voldemort.

'Estava correndo em direção a escuridão, sabia oque encontraria lá.
Não era a Lua ou as estrelas, mas sim luzes brilhantes. Verdes ou vermelhas?

O mundo todo se apaga, e ele para de correr pois não era necessário. Estavam em sua frente, Hermione morta. Ron definhando em dor aos efeitos de Crucius.

Na sua frente, havia um homem de costas. Reconhecível por qualquer um, Voldemort. Ele matara Hermione e torturava Rony, que gritava "A CULPA É SUA, HARRY" chorando aos prantos.

Harry tenta sair correndo mas sente algo apontado para seu pescoço,

-Últimas desculpas?-

Assim ele acordou do pesadelo confuso, com lagrimas em seus olhos.

Se sentia extremamente culpado pelas mortes de Fred, Tonks, Remus, Colin, e principalmente Snape, que dera a vida durante anos para salvá-lo.

Potter ainda observa o anel de cobra, sinceramente gostou bastante dele. E fica assim a noite toda, até o amanhecer. Não conseguiu dormir e estava exausto, mas tinha que continuar.

paralyzed eyes - drarryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora