À primeira vista | MONSAM

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Bom dia, querides.

Estou atolada de coisas, porém consegui revisar dois capítulos. Espero que gostem.

O foco está mais voltado para a empresa porque a vida é uma balança, um lado pesa e o outro desanda, até conseguir equilíbrio demora.

Falta pouquinho pra acabar. Entraremos em questões mais profundas e comuns depois da questão da empresa.

Boa leitura e desculpem possíveis erros.

•••

Mon

Uma semana depois , 3 de Julho

_Não quero incomoda-lá, senhorita, mas eu preciso de sua autorização para atuar como auxiliar do senhor Anderson por alguns dias. -A voz de Harry cruzou o andar, Sam estava trabalhando ao meu lado e dos outros de modo a evitar ficar sozinha e sobrecarregar seus pensamentos depois de tudo que houve.

Vi o smoking dele, Harry sempre usava os malditos smokings sem necessidade. Gostava apenas de se mostrar, eu o conhecia bem. Desgraçado.

_Tudo bem? -Sam tocou minha mão e eu assenti. _Você está amassando a agenda. -Foi só então que notei a agenda em minha mão avermelhada por causa da pressão que coloquei.

_Ah... desculpa. -Murmurei.

_Mon, me acompanhe. -Sam usou um tom esquisito ao se levantar e ir até a sala do departamento pessoal que estava vazia. Fechou a porta depois que eu entrei, ajeitei meu vestido rosé e a vi tirando seu blaser antes de indicar a cadeira para que eu me sentasse. _Sei o que aconteceu entre você e Harry na entrega de materiais que pedi para você acompanhar para ver como a logística funciona.

_Eu disse ao responsável que foi um mal entendido. -Me coloquei na defensiva.

_Você o ignorou o tempo inteiro, não o ouviu, não fez o que ele disse junto de Kirk e quase perdeu parte da informação para o ERP.

_Eu não perdi. -Cruzei os braços. _Não quero falar sobre Harry, Sam. Se você quer me punir pelo que houve, vá em frente, eu realmente não me importo.

_Não há necessidade disso, você sabe. -Sam se aproximou. _Tire um tempo, Mon. -Tocou meus ombros.

_Você também deveria tirar. Ela não vai querer te ver assim quando acordar.

Ficamos em silêncio. Isso é, se ela acordasse.

Tudo estava estranho desde que Nita entrou naquele estado de coma induzido depois de um alerta falso de sua morte. Depois de tudo, Sam ficou cuidando de Saint junto dos pais dele, eu ajudei o máximo que podia e algo havia parado na minha cabeça porque Nita estava lá e ao mesmo tempo não estava.

Cocei a nuca ao desviar o pensamento, respirei fundo e fui para sair da sala até que Sam me puxou pelo braço com cuidado e me abraçou. Eu a abracei de volta, apertado, bem apertado.

_Eu sinto muito por tudo isso, amor. -Sussurrei. _De verdade, eu sinto muito.

Sam ficou em silêncio e eu a deixei sozinha depois de um tempo, e me peguei chorando. Não só por Nita, por tudo. Um grande amontoado de tudo.

_Você pode, por favor, me passar os dados base do ERP? -Harry se aproximou de mim no hall do setor, seu olhar era extremamente sério e ele estava sendo profissional. Menos mal. Passei o que ele pediu sem olhá-lo novamente, ouvi seu agradecimento e ele se foi.

No fim daquela segunda feira tortuosa, fiquei de me encontrar com Sam no estacionamento. Lá estava Harry conversando com ela, como se não fosse suficiente, Liam - o infeliz do melhor amigo dele - estava junto.