Yu teve pesadelos o que me deixou extremamente preocupados. Ele acordou suado durante a noite e seus olhos estavam cheios de lágrimas. Suas crises de ansiedade faziam meu estômago revirar, é um gosto ruim ficar preso na minha boca. Seu nervosismos impedia que sua crise terminasse e por causa dos medicamentos que ele tomou pelo o machucado seus remédios de ansiedade ficaram de canto naquela noite.
Aquilo me deixava muito mais que aflito, ficava puto de raiva, eu iria descobrir quem foram os responsáveis pelo o acidente no hospital e foderia a cabeça deles. Nada podia deixar meu lindinho triste, ninguém poderia machucá-lo.
Quando Ryu voltou a dormir eu arrumei o lençol sobre seu ombro, colocando seus cabelos pra trás. Ele abraçava tão firmemente meu travesseiro ao mesmo tempo que sua outra mão apertava o tecido da minha calça moletom como se ele estivesse me segurando para que eu não fugisse. Tão pouco eu iria. Era muito mais fácil ele fugir de mim do que eu estar longe dele.
Permaneci arrumando seus cabelos quando meu celular tocou, era cedo demais para ser um dos amigos de Ryu e Dylan nunca me ligaria naquele horário. Então só poderia ser Junghwa, seu nome brilhando na tela fez com que o restante de controle sobre mim se fosse. Fazia 24 horas que eu estava sem meus medicamentos e podia sentir que aquilo estava afetando meu corpo.
Atendi colocando o celular contra a orelha, assustadoramente meu coração acelerou,, fazia muito tempo que eu não sentia aquelas coisas, quando tudo em mim se transformava em um caos.
— Você precisa passar por uma avaliação — Disse.
— Certo, quando e onde?
— Eu direi... — a chamada ficou muda por um instante — Não envolva meu Ursinho nisso. — O gosto amargo predominou na minha boca. — Eu não tenho problemas em enfiar uma bala na sua testa.
A ameaça desceu fria como a chamada sendo encerrada. Apertei meu celular na mão. Eu sabia no instante que falei com Thierry que era uma loucura. Tinha consciência que se acontecesse alguma coisa ao se envolver naquele problema Nicolau não seria nada comparado a família Leone. O problema era que se desse certo, Ryung estaria seguro de tudo e qualquer coisa. Valeria a pena arriscar minha cabeça para que Thierry estivesse do meu lado.
(...)Três dias depois.
Engoli em seco, olhando Ryu passar pelos detectores de metal do aeroporto enquanto estávamos de embarque para a Coreia. Ele olhou para mim e eu estendi a mão para ele, colocando seu anel de volta. Segurei na mão dele, eu estava nervoso. Na noite anterior, depois que ele terminou de fazer meus curativos, Ryung me fez prometer um par de coisas e aquilo estava me dando nos nervos. A confiança dele era tudo para mim, então eu prometi: nunca mentir, nunca esconder, nunca fazer algo sem que antes ele fique sabendo e, o mais importante, nunca fazer algo pelas suas costas.
Eu estava fodido. Respirei fundo, eu não tive a porra da coragem de dizer a ele que eu voltaria para os ringues das Underground's e a minha cabeça estava me condenando. Eu sentia o demônio sussurrar no meu ouvido que Ryu iria me matar se eu continuasse com aquilo, eu já estava até sentindo as chamas do inferno de quando meu Lindinho soubesse o que eu tinha feito. Eu estava reunindo coragem e palavras para dizer a ele, mas eu tinha plena consciência que eu não saberia usar elas.
— O que você tem? — Ele me perguntou quando já estávamos dentro do avião.
— Nada. — Falei, ele levantou uma sobrancelha e eu suspirei. — Lindinho... — Tentei, mas falhei miseravelmente.
— O que você quer me contar? Hm? Desde que você acordou está me olhando daquele jeito. — Suspirei e ele segurou meu queixo.
— Eu ainda não consigo. — Falei e ele afirmou com a cabeça.
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Underground 2: Fora do ringue ( original version)
RomanceSérie Mafia Portinari ( Livro 3 ) VIOLÊNCIA/ LUTAS/ TRANSTORNO/ LEMON HARD/+18 A vida sempre foi como um ringue para Christopher Arcangelo. Preso em um ciclo vicioso, movido pela raiva e a dor, o grande lutador de Underground era apenas um caos viv...