Capitulo 13: Irreal

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Caminhei com Ryung nas minhas costas pelo corredor do nosso prédio. Havíamos acabado de chegar apos de várias rodadas de foda.

 Depois do que aconteceu na janela ele cochilou e ainda tivemos mais duas porque eu precisava estrear todos os cômodos do nosso novo, futuro, apartamento. Quando terminamos Ryu estava esgotado, então eu desci, assinei os papéis do contrato e depois chamei um táxi, porque ir de moto estava fora de cogitação para ele. Porra, eu realmente precisava de um carro. 

Eu sentia a respiração calma dele no meu pescoço e não foi muito difícil abrir a porta do apartamento com ele nas costas. Joguei as chaves no balcão, indo em direção ao quarto e Ryu escorregou pelos meus ombros, deitando na cama e acabou chiando, enquanto se encolhia. 

— Lindinho, não durma que eu vou te dar um banho — falei, tirando os sapatos dele.

Estávamos uma bagunça de roupas amarrotadas e cabelos desgrenhados. Olhei para o rosto dele, o vendo ainda com as bochechas vermelhas e os lábios inchadinhos. Haviam marcas no pescoço dele, eu realmente havia o deixado cheio de chupões. Desabotoei sua calça, a puxando e Ryu entreabriu os olhos, olhando para mim.

— Estou cansado Chris — ele miou.

— Eu sei, só um banho gatinho. Vou encher a banheira, certo? — falei, apoiando o joelho na cama e me curvando sobre ele, beijando a sua testa. Vendo ele afirmar com a cabeça.

Me apressei enchendo a banheira.  tirei a camisa, voltando para o quarto. Ryung tinha tirado a camisa e a cueca, jogando-as para o lado. Sorri pequeno, olhando para ele nu na cama.

— Que delícia, acho que tirei a sorte grande, essa é uma bela visão — falei e ele levantou a mão, me mostrando o dedo e eu ri, me aproximando da cama. Ryu olhou para mim com as sobrancelhas juntas e eu suspirei, deslizando os olhos pelo seu corpo e estalando a língua. — Me diga Lindinho, como você consegue ficar mais sexy todos os dias? — Ele sorriu preguiçoso, fechando os olhos e eu segurei no seu braço, o puxando.

Quando entramos na banheira, coloquei os cabelos para trás, fechando os olhos com Ryu encostado no meu ombro, entre minhas pernas. Beijei a lateral da sua cabeça, deslizando a mão pelo alto da sua coxa. Ele ficou em silêncio por um tempo.

— Temos quatro horas antes da sua luta — Ryu sussurrou e eu suspirei.

— Fique em casa Lindinho, eu irei ligar para Henry e Peter

— Eu quero ir — ele sussurrou.

— Está muito cansado meu lindo. Fique, eu não vou demorar.

Ryung não me respondeu e eu suspirei, esfregando as suas costas com cuidado, deslizando as mãos para frente e ensaboando seu braço. Ele olhou para mim pelo canto dos olhos.

— Por que você sempre faz isso? — Juntei as sobrancelhas.

— O que? — sussurrei.

— Me dá banho depois que transamos. Você fez isso antes também? — Neguei com a cabeça, ficando em silêncio e sentindo um peso no coração.

— Quando eu era novo, me disseram que dar banho ou comer à alguém é o maior símbolo de entrega. — Ryung juntou as sobrancelhas.

— Entrega? De quem recebe?

— Não, de quem dá. Porque você se submete à essa pessoa.

— Quem te disse isso? — Ele se virou, olhando para mim.

— Meu pai — sussurrei e meu peito colou nas suas costas, enquanto eu deslizava a esponja pelo seu outro braço.

— Titi estava certo — disse me deixando confuso — Ele só te viu algumas vezes e consegue ler você melhor do que eu. 

Underground 2: Fora do ringue ( original version)Onde histórias criam vida. Descubra agora