Underground 2: Fora do ringue ( original version)

Capítulo 14 : A Luta

Flashback: espaço de tempo ( primeiro dia do ano : capítulo 1)
Local: Mansão Leone. Roma.

Thierry descia as escadas às pressas em direção a sala de treinamento que Junghwa estava, nas mãos ele segurava um globo de neve que havia chegado minutos atrás. Estava eufórico por sua compra que havia encomendado a dois meses com uma pequena réplica da mansão Leone.

Ele estava próximo a porta da sala de treinamento quando de forma repentina sua visão escureceu e Thierry caiu sobre o tapete do corredor, seu corpo tremia em pequenas convulsões e era desesperador para ele não ter domínio sobre seu próprio corpo. O globo rolou pelo o chão até bater na porta da sala. Que foi aberta de forma rude por Junghwa.

Era impossível para ele não perceber quando seu marido se aproximava, Thierry era barulhento, sua respiração era alta e ofegante e seus pés desastrosos anunciavam sua chegada. Junghwa o segurou nos braços, enquanto os tremores do seu marido diminuíram e ele voltava a sua consciência.

Era triste o fato que o Angel não tinha domínio nem mesmo sobre o próprio corpo.

— M-meu globo... — Sussurrou para Junghwa que o colocava nos braços para levá-lo a um lugar que pudesse descansar.

Thierry apertou o objetivo nas mãos, tentou mesmo que estivesse fraco. Seus olhos pesados e seu corpo cansado o fazia se sentir vulnerável, mas o cheiro do perfume de Junghwa o lembrava que estava seguro.

A maciez do estofado do sofá da sua biblioteca fez seu corpo agradecer pelo o conforto. Assistiu a Junghwa conferir seu relógio de pulso que indicava seu estado naquele instante, notando que o objeto estava descarregado e por isso não avisou a Thierry sobre sua crise.

Junghwa buscou um dos medicamentos que havia no cômodo preparando a injeção e quando voltou a se sentar ao lado de Thierry que sorriu, pequeno e cansado.

— Mon globe de neige est arrivé aujourd'hui. — Contou a Junghwa.

— Oui, C'est très beau, mon amour — respondeu fazendo o coração de Thierry feliz por ter a resposta em francês.

Fechou os olhos para o marido acariciar sua sobrancelha antes de beijar sua testa.

(...)

— Algum problema, Junghwa? — Myung perguntou quando o irmão entrou em sua sala parando na frente da sua cadeira.

— Preciso de um cão. — o mais velho levantou os olhos para o irmão, ergueu uma sobrancelha.

— Titi quer um cachorro?

— Não, ele tem medo de cachorros.

— Qual seria o objetivo de um se ele tem medo? Podemos simplesmente dar um gato.

— Não, preciso de um cachorro treinado para avisar Thierry sobre suas crises — falou fazendo Myung bufar.

— achei que as crises dele parariam em algum momento. — respondeu e Junghwa demorou para responder. Seu olhar gelado e sua mente buscava respostas lógicas e curtas mas não encontrou nenhuma, nada organizado em seus arquivos mentais que pudesse responder a não ser uma resposta simples e sentimental.

— Eu também — soou baixo. Myung engoliu em seco, não era comum para ele ter respostas como aquela de Junghwa. Mas, Thierry tornava a calmaria de bugaboo em um caos caótico de sentimentos e emoções difíceis para ele lidar.

— Podemos... vê as possibilidades de uma cirurgia...

— Não, sem mesas cirúrgicas. Apenas se necessário e não haver outra alternativa.