• PROLOGUE •

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Tudo o que posso dizer para quem está aqui é:
Obrigada por mais uma chance (aos que já liam coisas minhas antes) de apreciar algo feito a partir da minha essência.

Sejam bem-vindos a "Cara de Pau".
Sentem-se, apreciem um bom vinho, mas aos que não simpatizam com álcool, um bom café basta!

Boa leitura!!
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#CafezinhoDoJimin

Casas do primeiro andar são as que mais geram entretenimento em ruas de apartamentos pequenos.

As do térreo geralmente são repletas de moradores que passam o dia resmungando por sempre ter gente na calçada para atrapalhar o sono com conversas altas.

Moradores do segundo, terceiro e quarto andar são praticamente esquecíveis, a não ser para os vizinhos de mesmo andar no prédio do outro lado da rua. Sempre se encaram pelas janelas.

Mas no primeiro andar…

— Eu deveria ter te empurrado da sacada! — Jesse Jeon Jungkook reclamava.

Do primeiro andar até o chão, há uma altura consideravelmente perigosa para quem quiser pular e ao mesmo tempo uma altura baixa em comparação com outros andares, por isso, com o tempo, esse perigo é ignorado.

Na Passage de la Brie, 19° divisão da cidade de Paris, quando o sol ia dormir, um jovem de 22 anos chamava a atenção da vizinhança:

— Eu te mandei pro quinto dos infernos e você vem aqui pra casa, Jimin!? — Jungkook gritava do primeiro andar para o encapetado no meio da rua.

— O que foi que eu te fiz, meu cafezinho com gelo? — Jimin sorria diante o perigo e até mesmo abria os braços. — Assuma que me ama, Jungkook!

Na segunda, terça, quarta, quinta e todos os dias que a semana dava, Park Jimin e Jeon Jungkook faziam toda a vizinhança, da mais neutra até a mais homofóbica, torcer para que eles formassem um casal, porque ninguém aguentava mais todo aquele drama.

— Vocês deveriam voltar a namorar — Seokjin, irmão mais velho do Jungkook, dizia enquanto tentava assistir um jogo de futebol na TV.

— Nem ferrando! — esbravejou antes de voltar a atenção para a praga insistente lá debaixo. — NÃO VOLTO PRA VOCÊ — apontava —, NÃO FALO COM VOCÊ E NÃO OLHO PRA VOCÊ!

— Então só me ouve, Jungkook — Jimin pediu, mas sem tom ou ação de humilhação, somente de provocação.

E, na verdade, ainda que Jungkook fosse habituado com tamanha pachorra do vizinho, ex-namorado, ex-amigo e ex-colega, ele sempre se surpreendia com as atitudes mirabolantes que Jimin fazia como última carta na manga.

— Fale logo que quero ir dormir! — disse às 18:45 da tarde.

— Então tá — colocou as mãos nos bolsos do casaco grosso para voltar a esquentar as mãos no fim de inverno. — Talvez eu tenha garantido acesso ao seu apartamento!

Jungkook semicerrou os olhos, tentando entender o recado.

— Sabe essa coisa em seu bolso? — Jimin continuava a dizer. — Qual é mesmo o nome? É… — estalava os dedos, fingindo buscar o nome na memória.

Num desespero interno, Jungkook apalpava os bolsos das próprias vestimentas, buscando um item que ele carregava com o mesmo cuidado que uma mãe cuida de um filho.

— JIMIN, CADÊ A MINHA CHAVE!?

Uma mãe desnaturada, no caso.

Ao observar aquele pestinha, a boca se abriu em um perfeito "o".

Cara de Pau - Jikook [ jjk + pjm ]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora