Waiting For The Sunrise (2son)

Second Half

Após o intervalo, a equipe voltou ao campo com uma determinação renovada. Richarlison secou as lágrimas e ergueu a cabeça, pronto para enfrentar os desafios que estavam por vir. A treinadora estava ao seu lado, oferecendo seu apoio e incentivando-o a dar o seu melhor.

Enquanto a partida recomeçava, Richarlison canalizou sua tristeza e frustração em energia positiva. Ele se movimentava com agilidade, buscando espaços e criando oportunidades de gol para sua equipe. Cada lance era uma chance de redimir-se e honrar a memória de seu amigo.

A zaga também demonstrou uma nova postura, trabalhando em sincronia para anular os ataques adversários. A telepatia que parecia ter falhado no primeiro tempo agora se transformava em uma defesa sólida e eficiente. Juntos, eles se reerguiam, superando a adversidade com determinação e união.

O estádio estava eletrizado com a reviravolta do jogo. Os torcedores, que antes estavam desanimados, agora vibravam a cada jogada e apoio incondicionalmente a sua equipe. Eles reconheciam o esforço e a superação dos jogadores, incluindo Richarlison, que encontrava forças dentro de si para seguir em frente.

A angústia de Richarlison aumentava a cada tentativa frustrada. Ele sabia que sua equipe precisava daquele gol para garantir a vitória, e o peso de suas expectativas recaía sobre seus ombros. Cada vez que a bola acertava a trave, ele sentia um misto de frustração e desespero.

A multidão no estádio, que antes vibrava a cada jogada, agora segurava a respiração a cada chute de Richarlison. Os torcedores compartilhavam sua agonia, torcendo para que ele superasse esse obstáculo e encontrasse o gol que tanto buscava.

A treinadora, mesmo sentindo a tensão no ar, permanecia calma e confiante. Ela conhecia o potencial de Richarlison e sabia que ele tinha habilidade suficiente para superar essa fase difícil. Ela se aproximou dele durante uma pausa no jogo, colocando a mão em seu ombro.

— Mantenha a cabeça erguida, Richarlison. Você já mostrou sua qualidade antes, e eu acredito em você. Continue pressionando, continue tentando. O gol vai chegar. — Ele sabia que estava no caminho certo.

As palavras da treinadora trouxeram um pouco de alívio para Richarlison. Ele se concentrou novamente no jogo, bloqueando as dúvidas e a angústia que o afligiam. Cada vez que pegava a bola, ele se esforçava ao máximo, driblando os adversários e buscando a melhor posição para finalizar.

E então, no último minuto do jogo, Richarlison teve uma nova oportunidade. Com determinação, ele chutou a bola em direção ao gol. Dessa vez, a bola não encontrou a trave, ela passou longe disso.

Richarlison sentiu seu coração afundar quando viu a bola voar longe do gol, em direção às arquibancadas. A decepção se misturou com uma sensação avassaladora de culpa. Ele sabia que aquele chute desastroso havia custado a chance de sua equipe empatar o jogo e levar a disputa para os pênaltis.

Caindo de joelhos no chão, ele sentiu o peso da derrota sobre seus ombros. Os cânticos e comemorações dos torcedores adversários ecoavam em seus ouvidos, intensificando sua angústia. O olhar de desapontamento de seus companheiros de equipe e o silêncio pesado no vestiário eram uma confirmação cruel de sua falha.

Ele se curvou escondendo o seu rosto quando sentiu uma mão acariciar as suas costas, a treinadora não tinha muito o que fazer, nem dizer. Apenas queria demonstrar que não estava irritada com o erro do seu jogador. Ele levantou o seu rosto ainda envergonhado com o seu desempenho, limpando algumas poucas lágrimas que insistiam em cair.

— Tá tudo bem, meu menino. Você foi bem apesar de tudo. — Ela disse tentando encorajar o rapaz, que apenas concordou com a cabeça e sem dizer mais nenhuma palavra se levantou aplaudindo os torcedores.