Collapse - A Joker Story [Concluída]

CAPÍTULO 02 - O Início do fim.

“Isso não o deprime?
Saber o quão sozinho você realmente está?”
- Joker.

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Annie não chorava, estava em choque, sentia-se paralisada. –  Que merda era essa?! –  Pensava consigo. Estava sentada no chão da van abraçando os joelhos observando o nada enquanto se balançava. – Isso não pode estar acontecendo! – Gritava mentalmente. Então era isso que o destino guardava para ela? Que beleza não?! Ela já não havia sofrido o suficiente até hoje, não é mesmo?!

O mascarado que permanecia quieto ao seu lado deu uma pequena risada, o que a fez se arrepiar novamente. Ele então aproximou-se sentando a sua frente, tirou uma algema de dentro de seu sobretudo roxo e a prendeu. Suas luvas de couro eram do mesmo tom roxo do sobretudo.

–  Melhor prevenir do que remediar! – Outra risada. Pôde ouvir a voz abafada pela máscara.

–  Por favor... não me mata. – A moça disse baixinho entre soluços. O homem riu mais uma vez se aproximando.

Logo após retirou a máscara revelando o rosto pintado muito característico, ela o reconhecia dos jornais, era ele, o Coringa! – Não pode ser! – Pensou. Seus orbes arregalaram-se e ela engoliu em seco fazendo o homem a sua frente soltar mais uma curta risada. – Seria esse seu fim?! – Se perguntou mentalmente.

O homem por fim, aproximou ainda mais o rosto lambendo os cantos da boca em uma espécie de tique:

–  Se eu realmente quisesse te matar, acredite meu bem, você já estaria morta. – Ouviu sua voz claramente pela primeira vez. Era rouca e calma, ela falava de forma lenta como quem explica algo para uma criança.

–  Imagino que esteja se perguntando qual o motivo de estar aqui, não é? – Disse enquanto tirava um canivete do bolso o girando em seus dedos com muita habilidade. – Pode-se dizer que não haja razão. Sabe? Eu estava lá e então te vi, você parecia precisar de ajuda, parecia perdida. Eu, como bem feitor que sou. – Disse colocando a mão direita que segurava a faca por sobre o coração. – Não consegui segurar o ímpeto de tentar ajudá-la. Entenda, conheço pessoas do seu tipo, são meus preferidos. Posso reconhecer um maluco a quilômetros de distância. E você meu bem, claramente não bate bem da cabeça. – Disse enquanto gargalhava e lambia novamente os cantos da boca e a garota só conseguia se perguntar se estava assim tão na cara que ela não era boa cabeça. – Pessoas como você... e eu, tem um enorme potencial, podem se transformar no que quiserem, liberdade, entende?! – Disse levando a mão livre no queixo da moça, que tentou se esquivar. – Você pode fazer o que quiser e ser o que quiser, basta querer. – Balançou a cabeça de forma afirmativa. – Mas não se preocupe, eu vou te ajudar nisso, vamos te libertar dessas amarras de pessoa que finge ser civilizada. – O carro chacoalhou novamente. O homem então levantou-se e pulou para a parte da frente do mesmo.