CAPÍTULO 04 - Tratamento.

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"O que não nos mata nos torna estranhos."

- Joker.

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[...]

Passado algum tempo a moça acordou com o barulho da porta abrindo, não tinha noção de quanto tempo havia dormido, sentia a garganta seca e uma fome enorme. Abriu os olhos e piscou algumas vezes, pode ver Coringa a sua frente, se assustou e logo se sentou. Sentiu seu corpo inteiro doer, a cabeça latejava, a garganta doía e os olhos ardiam, podia observar as marcas de arranhões em seus braços. Memórias do inferno que havia vivido se faziam tão presentes como se ainda as estivesse vivendo.

Coringa sentou-se ao seu lado, estava com um prato na mão que continha uma espécie de sanduíche e um copo d'água, o colocou sob a cama a encarando. A menina nem se mexeu:

- Sei que está com fome, devia comer! - Dizia fazendo um sinal de positivo com a cabeça. - Entenda, eu não te envenenaria, se tivesse a intenção de matar, com certeza não seria envenenada, não tem graça.- Disse enquanto lambia os cantos da boca e balançava a cabeça em direção ao prato. - Se você não comer. - Disse enquanto tirava um canivete de seu bolso e o passava nas unhas como se as estivesse limpando. - Talvez não suporte seu tratamento, seria melhor se eu te matasse logo... Uhum... Eu adoraria rasgar essa pele tão branquinha, ver seu sangue jorrando, a vida se esvaindo de seus olhos, isso é quase... Poético.- Dizia enquanto olhava profundamente em seus olhos, como se a qualquer momento fosse devorá-la - O que você prefere?- Disse sorrindo abertamente.

- Eu não quero morrer!- Sussurrou enquanto chorava.

- Por que não se alimenta então?!- Disse enquanto batia no prato com o canivete. Logo se levantou e saiu sem nem olhar para trás batendo a porta atrás de si.

Annie pegou o sanduíche e mordeu, o gosto era estranho, mas aceitável, ela estava faminta, devorou o lanche como se fosse a coisa mais deliciosa da face da terra e bebeu a água, a sede continuava, ela então usou o copo para pegar água da pia do banheiro.
Voltou ao quarto e se deitou. Não saberia dizer quanto tempo havia ficado ali. Acabou por cochilar novamente.

[...]

Acordou assustada com o homem alto e loiro que entrou no quarto e se encolheu no canto da cama, como da outra vez, ele nem sequer a olhou, simplesmente deixou a bandeja com um sanduíche e um copo com água e saiu, sem dizer nada. Aquele sanduíche estranho novamente, parecia feito com pasta de amendoim vencida, mas como não tinha outra coisa, apenas comeu o lanche como se sua vida dependesse daquilo e, meio que dependia.

Depois de se alimentar deitou na cama olhando para o teto. Começou a ter outra crise, elas estavam mais constantes, obviamente por causa de todos os acontecimentos recentes e pela falta de medicação. Seu coração batia tão forte que podia sentir seu corpo inteiro pulsando, a falta de ar lhe queimava os pulmões, seu estômago embrulhava por causa daquela gororoba. Deitada abraçou os joelhos. Ficou assim por algum tempo e dormiu novamente.

Collapse - A Joker Story [Concluída]Where stories live. Discover now