Sinais do amor [ EM PAUSA ]

CAPÍTULO 09

Papai estava falando como foi seu dia depois de me buscar na casa da Luna.

"Não sei como você não tem medo de trabalhar fazendo isso"

Comento, meu pai é um delegado agora e ao mesmo tempo que isso me deixa extremamente orgulhosa, me deixa com medo todos os dias.

" Caras maus não me dão medo"

Ele responde dando de ombros, estávamos caminhando pela minha rua e meu olhos focam no garoto sentado na escadinha como sempre.

Sempre o vejo sentado ali, Thomas estava concentrado em uma folha que estava nas mãos, então não me importei em segurar o olhar nele.

Ele estava com uma calça moletom e uma regata preta, tinha marcas roxas pelos braços, isso me fez lembrar do passado.

Minha observação investigativa é interrompida pelo meu pai me catucando.

Meu pai me lança um olhar encorajador.

“ O que foi?"

Perguntei, continuando meu caminho para casa, mas ele me para ao segurar meu braço.

"Alguém um dia tem que dar o braço a torcer"

Levanto as mãos para responder ele, mas meu querido pai achou uma boa ideia ir em direção ao garoto e ainda achou uma ideia melhor ainda me puxar junto.

Vejo Thomas olhar pra cima, deixando a folha que estava nas mãos de lado. O olhar dele era diferente pro meu pai, parecia receoso e ao mesmo tempo ameaçador.

Como se meu pai fosse um intruso invadindo um ninho, então seu olhar cai sobre mim e isso muda.

Provavelmente não sou tão ameaçadora como meu pai gigante.

Meu pai estava de costas pra mim, então eu não tinha chances de entender ou ler os lábios dele, para saber o que falava.

Mas eu facilmente conseguiria saber o que Thomas respondia.

— Não estou com problemas, são marcas de treino. - ele aponta para os hematomas.

Então provavelmente meu pai estava perguntando o motivo das marcas, eu reviro os olhos.

Sempre o investigador.

Meu pai diz mais alguma coisa, que faz Thomas ficar tenso, ele olha pra mim, como se tivesse preocupado de eu ter entendido algo.

Isso me frustrou, já que era óbvio que não entendi.

Thomas volta com a atenção para meu pai, ainda tenso.

— Quer realmente falar sobre isso?

O garoto respondeu, tive que me segurar muito, MUITO mesmo para não ir pra frente do meu pai saber o que ele falava.

Depois Thomas apenas balançou os ombros e tombou a cabeça pra frente, parecia triste.

Meu pai apertou o ombro dele e simplesmente foi embora, nem sequer olhou pra mim, provavelmente esse era o plano.