O terror que desce dos céus

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"Correndo para a escuridão, você se machucou.

Você nem consegue encontrar um lar para onde voltar.

Mesmo que este mundo desaparecesse,

você certamente acreditaria que lutar é justiça.

Você foi criado para ser um guerreiro.

Se tiver coragem para brilhar, o amanhã chegará."

-The time I'm seeing you

Ao estava em uma cama de hospital, quando enfim abriu os olhos

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Ao estava em uma cama de hospital, quando enfim abriu os olhos.

– Yuna!!! – Foi a primeira coisa que ele disse.

– Yuna morreu. – Cassian Adler disse.

O choque foi tão grande que ele engasgou.

– Ela... O quê? Não, não pode ser verdade! – Ele gritou. – Ela estava lá, d-do meu lado, bem ali. Não, não... Você está brincando comigo! Por favor, Comandante, não brinque com isso! Não tem a mínima...

– E você acha que eu tenho cara de quem está brincando? – Cassian gritou ainda mais alto, a dor estampada no rosto. O silêncio nos escombros depois que tudo caiu. A dura realidade atingiu Ao como uma facada no peito.

As lágrimas vieram tão rápido e os soluços tão intensos que ele não conseguiu falar mais nada. Sentia a garganta apertada pela dor, os olhos arderem mais que quando sangraram na sala de controle e o coração irremediavelmente partido. Ao não falou mais. Só chorou até as lágrimas secarem e a voz sumir.

Doía pensar na promessa que jamais seria cumprida, ou nas palavras que ele nunca diria sobre o que sentia por ela. Ela nunca mais andaria por aí, com aquele ar imponente que somente Yuna Adler tinha. Os cabelos negros esvoaçando ao vento e o sorriso no rosto. Os bolinhos de arroz que compartilhavam nos almoços.

Talvez o único homem que sofria mais do que Ao fosse Cassian Adler. Perdera a esposa em um ataque Ceruliano e, agora, a filha.

– Ela não sobreviveu ao ataque. Você foi o único que saiu daquela construção com vida. – Cassian olhou para Ao, quando ele finalmente se recompôs, os olhos negros marejados. – Só não... Por favor, não me peça mais detalhes.

– Eu... – A voz rouca de Ao enfim saiu. – Por que eles nos atacaram?

– Devem ter nos subestimado, aqueles malditos. Pensaram que não tínhamos um Precentor, por isso enviaram somente uma nave. – Ele fechou os punhos com força. – Você protegeu a cidade, Ao.

– Não foi o suficiente! Yuna... Yuna... – Ele fizera tudo aquilo para salvá-la, e mesmo assim não foi o suficiente. Seu coração estava despedaçado.

– Você tem que continuar protegendo essa cidade, Ao. Daqui para frente, eles virão com mais poder de ataque. Esse foi só o começo.

Ao tremia, em desespero.

AO - A Ameaça CerulWhere stories live. Discover now