DUSK TILL DAWN | ARTHUR CURRY

001 - Pirata

QUEM PODERIA PREVER O ATAQUE surpresa dos piratas?. Eles estavam lá, naquele momento, instigando o ar, dentro de um submarino. Roubando, saqueando e matando gente inocente. Muitos outros continuaram vivos, porém não havia piedade da parte deles enquanto as pessoas imploravam por misericórdia, se perguntando se sobreviveriam para rever suas famílias novamente. O terror em personificação diante de todos os olhares possíveis, capturando a atenção e o medo a cada instante em que se aproximavam.

Eles pararam por um segundo, se afastando dos demais reféns. Foram para a cabine de controle da nave submersa, deixando-a no modo automático. Partiram a conversar sobre o fato de que não era a primeira vez que causavam todo aquele alvoroço. A família de seu pai já tinha feito isso antes, a muitos anos atrás. Saqueadores compulsivos, piratas sem um pingo de remorço e arrependimento por seus feitos.

── Está é a faca que o meu pai me deu quando eu tinha sua idade. ── ele se referiu aos 28 anos do filho. ── Um tesouro de gerações, que agora, estou passando para você. ── entregou a adaga nas mãos dele.

── Obrigado pai. ── agradeceu-o encantado com o formato da relíquia e os desenhos mensurados nela.

Os reféns ainda tinham pavor do que poderia acontecer com eles a qualquer minuto, mas os marinheiros que estavam de olho no aparelho imersor que carregava luz florescente no fundo do mar, irradiando qualquer formato ou aparição de coisa estranha, capturou o modelo de um corpo humano debaixo da água. Vindo em uma velocidade turbulenta. Essa coisa tinha usado força o suficiente para quebrar uma baleia ao meio, levando o submarimo até a superficie do oceano.

── O que é essa coisa? ── Rafael perguntou ao capitão do comando pirata.

── Isso não é uma coisa, é um homem. ── respondeu, e eles se entreolharam já sabendo de quem se tratava.

Mas antes que pudessem se preparar para qualquer ataque da parte de Arthur, Rafael foi atingido na nuca por um tridente. Marcell, que estava amarrado, conseguiu se soltar rapidamente com a faca que caiu no chão, desatando a corda de seu pulso. Ele pulou contra o pai do homem negro de olhos finos e cerrados, todavia Navia, a Rainha de Atlântida deu as caras.

Ela não gostava quando mexiam com gente inocente, e também não gostava quando saqueavam os mares buscando tesouros que não lhe pertenciam. Aquele era o território mais próximo de Atlânta, ela não podia deixar que eles encontrassem o seu mundo abaixo da água. Tinha de proteger o seu povo, e fazia isso quando tinha tempo.

── Quem é você? ── O pai de Rafael perguntou curioso sobre a aparição feminina.

── Eu? ── cerrou os dentes em bravura ── Sou a fúria do mar. ── antes que ele pudesse lhe responder, ela se adiantou e deu um chute em sua barriga, usando o seu tridente de Sereia para apoiar a ponta no chão, passando os pés pelo arquétipo do submarino e parando de volta ao piso de ferro.

Rafael se virou logo depois, espiando de soslaio a forma masculina do meta-humano Atlantis se aproximar, enquanto os reféns, agora soltos, saiam pelo andar de cima. Shalla o fitou brevemente. A barba cheia, era castanha escura, seus olhos eram amarelados e amendoados, seus cabelos castanhos, cheios, ondulados, batiam abaixo de seu peitoral. Ele era forte, muito forte e tinha diversas tatuagens que indicavam, aparentemente, o dia em que ele foi fascinado por Atlântida. Se não fosse pela causa da morte da mãe dele ser a culpa de Orm, seus ombros não pesariam tanto como pesavam atualmente.

── Espera aí, ── ele apontou para a rainha ── Quando foi que você chegou aqui? ── levantou uma sombrancelha.

── Não é hora para isso, Sr. Curry, temos mais o que fazer se você não percebeu. ── ele fez uma careta leve e jogou o cabelo para o lado sem conseguir prever a grande surpresa do detonador que lhe foi lançado no abdômen.