006 - Escolhas e Consequências

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O AMANHECER JÁ PARTIA E Enquanto a noite caia lentamente devagar, o tempo se passava mais depressa no fundo do mar

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O AMANHECER JÁ PARTIA E Enquanto a noite caia lentamente devagar, o tempo se passava mais depressa no fundo do mar. Arthur nunca ficou tantas horas longe de casa e se sentia completamente deslocado embaixo da água. Navia continuava pegando impulso em sua frente indo cada vez mais rápido para chegar até Vulko. Porém, seus pés cessaram e seu sensor de alerta vermelho mental piscou atentamente.

A Rainha deu de cara com o mestiço e suas mãos agarram sua cintura pegando-a no colo e levando para dentro de um barco naufragado cheio de peixes. Aquela área era cercada por uma bolha de ar, oquê impedia a entrada dos atlantis e apenas a manifestação daqueles que estavam conceituados com os dois mundos. Tanto a superfície quanto o oceâno, Shalla já explorou junto com sua irmã desde pequenas.

Quando os humanos não lhes olhavam como aberrações e ameaças para as suas famílias e toda a população. Era nítido que isso mudou radicalmente. O estranho era mais ou menos aceito pela sociedade, todavia ainda tinham lá suas dificuldades para se acostumar com um padrão de pessoas diferentes do que eles imaginam. Na cabeça de alguns fanáticos, o curioso e o oculto são questões monstruosas, inferiores e insignificantes. Coisas que não deveriam existir e nem serem consideradas relativas a palavra - normal -.

Portanto, seria viável pensar que Arthur nunca poderia ser aceito pelos atlantis, afinal ele era um mestiço. Indiferente ao mar e indiferente aos humanos. Ele só defendia a justiça e, não tinha tanta maturidade para assumir uma grande responsabilidade, mas, ele era a sua única valvula de escape e também sua mais propícia alternativa de voltar viva para a casa. Reencontrar seu pai e, normalmente retornar ao trono. Não tão importante quanto salvar o planeta, mas importante o suficiente para não ir contra os seus príncipios fundamentais.

── Eu podia simplesmente ter nadado até aqui. ── ela afirmou. Ele olhou para o fundo da passagem através da bolha de ar. ── Ei, o que foi que você viu?

── Alguns guardas mixurucas de vermelho procurando por nós dois. ── sua voz rouca soou novamente grossa transparecendo os arrepios no corpo e as ondulações que ela sentia subindo as paredes do seu amâgo intensamente.

Ela gostaria de admitir que nada disso estava lhe afetando, apenas para diminuir a culpa que sentia ao estar traindo o seu povo e ajudando um homem condenado a escapar da Lei de Atlântida. O ponto é que ela estava realmente certa em sua escolha, mas ela também sabia que mais cedo ou mais tarde, as consequências para as suas ações viriam sem medidas de precauções. Trair seu povo era pedir a morte, por mais temível que fosse, nem mesmo o seu próprio pai deixaria isso passar em pano branco.

── Ei, ── ele tocou seu ombro esquerdo chamando sua atenção e lhe acordando dos seus pensamentos ── Nós vamos ficar bem, tá legal? ── ele afirmou com convicção, mas lá no fundo, se perguntava sobre protegeria ambos de uma nação inteira de iludidos conservadores e aristocratas teimosos.

Arthur suspirou lentamente soltando o ar pelos pulmões, dando de cara com Vulko em seguida. Ele estava atrás deles dois o tempo todo já imaginando como seria daqui para frente. Cooperando em conjunto de um trabalho em equipe. Oquê surgiria durante as provações da vida que teriam de dividir daqui para frente pra que pudessem conquistar o tridente perdido? Outras coisas mais eram o quão repentinamente eles evoluíram, apesar das dificuldades presentes recentemente. Navia e Arthur ultrapassaram os poucos limites de um relacionamento amigável.

── Já ouviram falar do Tridente perdido de Atlan? ── Vulko questionou, com um sorriso gentil e presunçoso no rosto.

Os dois se entreolharam cognitivamente, se perguntando, o que literalmente viria depois daquela conversa? Uma reação passiva parecia se aproximar e Navia já prévia o desespero e a angustia que sentiria após aquele encontro. O destino lhe lembrando que estava fadada ao acaso e surpresa. Alertas e avisos não vem automaticamente em sua direção como ela desejava e, agora...O que mais faltava acontecer era um desastre.

DUSK TILL DAWN | ARTHUR CURRYWhere stories live. Discover now