005 - Uma Missão a Cumprir

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O AMANHECER Já dava indícios de um Sol ardente e escaldante e, enquanto ele se colocava a pôr no horizonte

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O AMANHECER Já dava indícios de um Sol ardente e escaldante e, enquanto ele se colocava a pôr no horizonte. Arthur observava Navia o mais de perto que conseguia. Adoraria conhecê-la melhor, todavia, eles estavam em uma missão audaciosa enquanto Mera ficava acolhida em segredo na casa de Tom.

Tudo o que Arthur sabia sobre a mulher fascinante de Atlântida até o momento, era de que a mesma estava desesperada por ajuda. Ele era filho da rainha Atlana, por mais que fosse mestiço, seu direito de abdicar do trono e do poder marítimo ainda era válido, desde que ele estivesse vivo, Navia garantiria que o mundo inteiro também estaria intacto quando achassem o tridente perdido.

Ela estava tão focada que não reparou no jeito como ele à olhava. Extasiado por ter o privilégio de enxergar tanta beleza plena em uma só pessoa. Ela tinha suas estranhezas, mas algo realmente raro que mais encantava Arthur era seus brónquios respiratórios no início da garganta. Eles farfalhavam no ar de maneira satisfatória.

Quando o sol finalmente se pôs Arthur ainda a espiava de soslaio com o canto das orbes e, em silêncio se preparou para pular na água, acompanhando-a vementemente convencido da ideia de que poderia sim, conquistar o trono. Ele foi ensinado a lutar e nunca pensou que seu irmão havia se tornado tão babaca, portanto, estava pronto para esquecer os momentos em que achou que poderia ir vê-lo, abraça-lo e dizer que ficaria tudo bem depois da morte de sua mãe.

A jovem rainha inclinou a cabeça para o lado de Arthur, vendo-o totalmente aflito e em uma confusão de memórias póstumas desarrumadas, como se alguém tivesse bagunçado sua cabeça com apenas um toque. Quando Navia viu aquilo, se recordou das cenas em que viu Mera chorando em seu quarto subaquático. Escondida, sozinha e com muito medo depois que a única mulher que exercia o cargo de melhor mãe do mundo, se foi. Como uma explosão no ar.

Ela tentou o ajudar, tocando seus dedos vagarosamente paciente e carinhosa. Ela afirmou os laços e juntos acenaram um para o outro. A melhor parte do dia havia sido com toda certeza do mundo, aquele. Contudo, eles não vivenciaram a paz por muito tempo, estavam prestes a enfrentar uma trilha longa de obstáculos até que cheguem onde querem, haverá outros que vão querer ambos mortos.

── Orm, sem dúvida nenhuma, não irá deixar isso barato. ── ela suspirou e sua garganta alavancou levemente assustada com a ideia. Era a primeira vez que sentia um medo lhe invadir por dentro.

Arthur tocou primeiro os seus ombros fazendo-a virar-se completamemte para ele, ficando frente a frente. Logo depois, ele tocou seu rosto, dividindo suas duas mãos sobe cada lado perfeitamente escupido da face feminina. Navia corou por breves segundos até que perfurou os olhos do mestiço profundamente com as suas orbes de primavera. Ambas colidindo uma com a outra..., dois mundos distintos, diferentes, confrontados pelo destino e a vida. O ser humano e suas escolhas, as chances e a revolta. Tudo depende do que você aceita fazer e, se está disposto.

── Estamos juntos, não é? ── ele à questionou afundando os dedos grossos no cabelo liso ondulado avermelhado. Ela assentiu, desnorteada pelo afeto curioso e repentino que surgiu. ── O confronto começou e nós temos uma missão para cumprir. Se o seu dever é proteger seu povo, essa é uma chance de você provar que se importa. Vá e mostre!

Ela desatou o aperto de mãos dadas e se lançou de cima do penhasco, como se fosse em câmera lenta. A brisa fresca atingiu seu rosto e beijou sua pele de leve. A compressão do ar lhe abateu fortemente fazendo com que a mesma se soltasse vibrantemente de dentro da água, repuxando uma força extra bruta sobre os seus pés, ela deu um impulso e chegou o mais longe que um ser humano normal não conseguiria alcançar com tanta facilidade.

Ela admitiu para si mesma que a terra era bonita e, que tinha suas qualidades, porém, Navia ainda preferia as ondas, o mar e, o frescor da água na pele alva. Talvez um dia pudesse se acostumar com a rotina dos seres humanos, mas sempre rejeitaria a hipótese de morar na terra. Seu lugar era o oceâno onde sua família estava e, onde ela queria estar.

── Você quase me deixou para trás. ── resmungou Arthur, gargalhando um pouco mais rouco que o normal.

Ela o fitou, negando com a cabeça: ── Eu nunca faria isso. ── sorriu sapeca e voltou a nadar para o local onde deveriam encontrar Vulko.

DUSK TILL DAWN | ARTHUR CURRYOnde histórias criam vida. Descubra agora