Capítulo IX - Ciúme

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Miguel e Bruno foram pegar lenha na floresta, para utilizar na lareira, durante a noite. Bia e seu pai cuidavam da Horta, regando e colhendo os alimentos que já estavam maduros.
Por volta das 11 horas os rapazes voltaram com dois grandes amontoados de lenha e a filha do fazendeiro foi recepciona- Los. Enquanto Bruno levava o carregamento para cozinha, Bia se insinuava para Miguel.

- Nossa, você é muito forte - iniciou sorrindo.

- Sou nada - ele riu sem graça - seu irmão fez a maior parte do trabalho.

- Ele é bom nisso, mas não conseguiria trazer tanto se estivesse sozinho.

- Bom, só tô tentando fazer a minha parte- o garoto deu de ombros.

- Seus olhos são tão lindos - ela falou olhando os olhos dele e se aproximando. Quando Lena apareceu atrás do namorado.

- Lindos né? - Ela perguntou irônica- Você pode olhar, mas de longe - a menina ficou séria.

- Relaxa querida, autoconfiança é tudo- Bia ergueu uma sombrancelha enquanto falava e saiu em seguida.

- Por que você estava falando com aquela garota? - Lena o olhou furiosa.
- Calma amor, ela só veio agradecer pela lenha.

- Seus olhos trouxeram a lenha por um acaso? Miguel... Você não ouse falar com ela novamente. - ela finalizou saindo.

**

Já eram 14 horas e Lena ainda tratava o namorado com indiferença.
Todos estavam sentados na varanda observando o tranquilo e silencioso pasto a sua frente. Até que Eduardo mandou seus dois filhos irem a floresta buscar alguma erva, para que ele pudesse fazer um chá.

- Vamos lá com a gente Miguel, você não falou que gostaria de conhecer melhor a Mata? - Bruno o chamou, inocente.

- Tudo bem, vou sim - o garoto respondeu, fazendo Bia sorrir maliciosa.

- Eu também vou - Lena levantou em um pulo, que fez Cíntia rir.

- Então vamos - Bruno falou enquanto saía para dar a volta na casa e foi seguido pelos outros.

Eles caminharam rápido até a floresta e iniciaram a procura por alguma erva que desse um bom chá. Lena seguia Bia, a impedindo a todo custo de se aproximar de seu namorado.
Miguel então puxou a garota para conversar, ficando um pouco atrás do casal de irmãos que seguia procurando a planta.

- O que você tá fazendo? - ele perguntou.

- Acompanhando vocês. - ela respondeu num Flash.

- Para com isso, é perigoso ficar aqui e com você tirando a atenção das pessoas só fica pior.

- Eu não to tentando tirar a atenção de ninguém- Ela olhou para a garota que ia na frente.

- Fica tranquila, ela não faz meu tipo - ele falou puxando a namorada e a beijando. Foi quando ouviram um grito e correram para ver o que acontecia.

Encontraram seus companheiros pouco mais a frente, eles estavam cercados por uma grande quantidade de andarilhos. Bia estava muito assustada, perto de uma árvore enquanto seu irmão e um rapaz, estranho, lutavam contra as crituras bravamente.

- Pega a Bia e volta pra casa- Miguel falou olhando ao redor - mande todos se prepararem para partir.

Lena puxou a garota, que estava paralisada e as duas correram de volta para casa.
Todos se assustaram ao ver a meninas tão desesperadas.

- Peguem só o que for preciso, precisamos sair daqui agora. - Lena gritou ofegante.

- O que? Onde está meu filho? Perguntou Eduardo.

- E meu irmão? - Juan levantou aflito.

- Eles estão tentando retardar os errantes que estão vindo, sejam rápidos por favor. - ela respondeu triste.

O grupo entrou e começou a pegar aquilo que fosse necessário. Comida, armas Brancas, algumas roupas. Até estarem prontos e notarem andarilhos se aproximando, sem sinal dos rapazes.

- Precisamos ir- Pedro falou sério.

- Meu filho ainda não voltou, não vou abandona-lo aqui - O dono da casa respondeu.

- Não temos escolha, pai - Bia falou o olhando com lágrimas nos olhos enquanto ouvia os relinchos de um cavalo que era devorado.

- Miguel está com a chave da moto, vai ficar tudo bem Eduardo. - Cíntia tentou o tranquilizar.

O homem acabou concordando e o grupo correu em direção a caminhonete. Pedro sentou na cadeira do motorista, Eduardo ao seu lado, as garotas no Banco do fundo e os outros dois rapazes em cima.
Pedro partiu a toda velocidade, sendo seguido por poucas criaturas que ainda conseguiam correr, mas que so puderam ser vistas durante pouco tempo.

Sobreviventes: O fim dos temposOnde histórias criam vida. Descubra agora