Capítulo 4 - O ENCONTRO

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Oláaaas, amoras minhas, como estão?

Este livro já foi postado completo aqui e retirado. No momento, encontram-se apenas 5 capítulos para degustação.

Ele será repostado completo novamente, porém não há previsão de data.

Desculpem a demora em postar, mas prometo que será um capítulo grandão. Porque gostamos de coisas grandes. E esse é aquele capítulo que eu amo, acho que vocês não vão amar como eu, mas espero ansiosa saber a opinião de vocês no final.

Fica o questionamento: Sammy tem potencial pra superar a Sury nas loucuras?

Obrigada por estarem aqui e um ótimo final de semana!

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Anya não teve mais febre, então esta manhã ela pediu para ir para a escola. Deixei Alice avisada para ficar de olho nela e me ligar ao menor sinal de febre então permiti que ela fosse, o que a fez tomar todo o café e jurar não sentir dor na garganta. Sury também não vai abrir o ateliê hoje, mas irá para a Valentino's com Igor. Enquanto descemos de elevador e mostro a ela minha nova tesoura de poda de grama, já que a anterior estava cega e desisti de afiá-la, ela comenta:

— Igor, precisamos encontrar uma criança para Sammy.

— Uma criança? — ele pergunta confuso, mas estou tão confusa quanto ele.

— Sim, uma criança asiática e loira, para ela apresentar ao Éder — diz e começa a rir, de dobrar a barriga.

— Sury, venha aqui, vou estrear essa tesoura cortando seu cabelo!

Igor entra na frente dela, segurando minha mão gentilmente, rindo abertamente e diz:

— Sammy, não corte o cabelo da minha esposa grávida. Ela só está brincando. Mesmo porque, sempre podemos colocar uma peruca na criança. Não deve ser tão difícil.

— Ah, meu Deus! Eu disse a verdade sem querer sobre a cor do cabelo diferente! Eu tentei contar o mínimo possível de mentiras.

— Jura? Então só se esqueceu que seus cabelos são castanhos escuros? Como dos asiáticos? — Sury provoca e vou para cima dela de novo, mas Igor continua defendendo-a.

— Sammy, sei que você está doida para testar sua nova tesoura gigante, mas não na minha mulher.

O elevador chega ao térreo e sorrio para meu cunhado protetor.

— Como queira, Igor. Será que ela corta tecido?

Deito a tesoura e corto sua gravata ao meio. Há o barulho do corte e metade do tecido de seda cinza cai no chão. Igor observa boquiaberto o pedaço de sua gravata no chão do elevador e depois observa a tesoura na minha mão.

— Corta — confirmo aprovando as lâminas.

— Isso ainda não faz dela mais maluca do que você — ele diz para Sury.

— Por que não? Ela cortou a sua gravata! — Sury retruca indignada.

— Amor, você invadiu a minha suíte. Pela sacada! Podia ter morrido.

— Ela inventou uma asiática loira. De dois anos! Nem deu tempo de ela ter descolorido o cabelo!

— Sury, eu vou cortar sua língua! — ameaço indo em sua direção e desta vez é Astolfo, que até então estava apenas rindo das duas, quem me segura, tirando-me do elevador.


Recebo mais três contatos entre ligações e mensagens de pessoas que jamais imaginaria para eventos que eu nunca fiz. Começo a estranhar tamanha sorte, embora desconfie que seja efeito Sury. Casar-se com alguém tão conhecido como Igor Werneck trouxe muitos benefícios, como clientes curiosos querendo ouvir fofocas. E deixou minha irmã e nossa loja também conhecidas de certa forma. Sury tem muitas encomendas, até mesmo de vestidos que não são de noiva. E eu estou recebendo propostas para decoração de eventos que não são casamentos. Sinto-me animada em ultrapassar os limites daquilo que estou acostumada a fazer.

Quando a quarta milionária entra em contato comigo solicitando a decoração para uma festa de bodas de ouro para o mês seguinte, pergunto como quem não quer nada:

— Como ficou sabendo sobre o meu trabalho?

— Ah, foi muito bem recomendado pelo pessoal da ELE. Quando fechei o aluguel do local eles já me indicaram você para a decoração.

— Ah, que bom saber. Seu evento será lá, então.

— Isso!

Curiosa, entro em contato com a esposa do ator que fará a festa de batizado e a organizadora do casamento da filha caçula do político e ambas confirmam que seus eventos acontecerão na ELE. Alguém da ELE tem me indicado quando as pessoas fecham o aluguel do local. Brenda jamais faria isso, faria? Será que está me indicando? Não é possível. Eu recomendei flores fúnebres para seu casamento.

Quando recebo a quinta ligação, pergunto primeiro onde será o evento e, ao ouvir que será em uma das mansões da rede ELE, já pergunto:

— E como vocês conseguiram meu contato?

— Estava no seu cartão que eles nos deram.

Meu cartão? Merda! Meu cartão. Os cartões que ficaram com Éder. Ele me devolveu a caixa faltando mais da metade deles e quando o questionei, disse que eu deveria agradecê-lo. Ele distribuiu meus cartões entre os clientes que fecharam aluguéis para eventos na ELE, e mandou me recomendarem. Por que ele fez isso?

Sady Ferraz, minha mãe, sempre dizia que há dois tipos de defeitos inaceitáveis em uma pessoa, defeitos que se tornam falhas de caráter: ser uma pessoa mentirosa, algo que eu me tornei devido às circunstâncias, e ser uma pessoa ingrata, algo que eu nunca fui. No entanto, não posso agradecê-lo por isso. Afinal, eu não pedi esse favor. Ele não espera um agradecimento, espera?

Passo o dia todo e a tarde olhando cada movimento na rua, me sobressaltando a cada cliente que entra, pensando ser ele, para poder dizer 'obrigada' e livrar-me do peso da minha falha de caráter, mas Éder não aparece. Não tenho o contato dele e não arriscaria ligar para a ELE, para não ter que lidar com Brenda hoje. Quando a tarde está próxima de seu fim, faço o que jamais pensei que faria. Confirmo com Sury que já está em casa para receber Anya e peço que Fabio e Erick, dois dos seguranças, fiquem na floricultura, então vou à ELE agradecer pessoalmente a Éder. Se eu vir Brenda, posso usar a desculpa da pasta que entreguei a ela e Éder ficará sem agradecimento, mas pelo menos terei tentado. Se eu não a vir... então verei Éder.

DEGUSTAÇÃO - UMA MENTIRA PARA O CEOWhere stories live. Discover now