Simulação do campo de batalha

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Lyana on

Eu não tinha como intenção deixá-lo embaraçado, eu realmente só queria fazer algumas compras. A antiga dona daquele corpo tinha um gosto questionável para rouba íntima. Não que as calcinhas e sutiãs não fossem confortáveis, longe disso, o problema é que elas não eram muito atraentes e já que agora eu tinha um parceiro sexual não queria aparecer com o bom e velho conjunto bege estilo mulher da terceira idade.

Deixei Konig do lado de fora, seria menos vergonhoso para ele, e eu também não pretendia demorar muito. Vaguei pelos corredores, analisando algumas opções. Realmente tinham muitas lingeries bonitas ali. Peguei alguns conjuntos que me agradaram e então fui ao caixa, pagando e aguardando até fossem empacotadas.

" — Será que o Konig gosta de fantasias sexuais ou brinquedos? "

Olhei disfarçadamente para a ala de sex shop do lugar. Tinham coisas interessantes, mas, por hora, não tocaria no assunto, talvez estivesse muito cedo.

— Aqui está senhorita. — A atendente entregou a sacola, sorridente.

— Obrigada. — Paguei pelas compras e guardei o troco, indo em direção à porta.

Antes mesmo de sair vi através da vitrine uma situação estranha e incomoda: três garotas rodeavam Konig, eu não conseguia escutar uma só palavra do que estavam conversando graças a distância e também pelo fato de ainda estar dentro da loja, mas, a julgar pelo comportamento corporal delas era nítido que estavam dando em cima dele.

Ter três vadias dando em cima do meu homem por si só já era algo que me deixava extremamente puta, no entanto, ver que ele estava incomodado com a situação era pior ainda. Durante os breves segundos que assisti toda àquela palhaçada notei que Konig procurava se afastar a todo momento enquanto que as três insistiam em minimizar a distância e até mesmo toca-lo informalmente.

Senti meu sangue esquentar e sai do estabelecimento, caminhando na direção deles. Meu punho simplesmente se fechou, eu sequer fiz perguntas ou as empurrei, só cheguei acertando um puta socão na cara de uma delas, jogando-a no chão como se fosse um saco de batatas.

— Que porra é essa!? — A morena arfou, assustando-se na mesma hora.

— Você tá louca sua puta?! — A ruiva esbravejou, igualmente irritada e já fazendo menção em avançar enquanto que a outra ajudava a terceira integrante a se levantar.

Eu não disse nada, até porque não conseguia. Estava com tanto ódio que parecia que algo havia entalado na minha garganta.

Quando vi o menor sinal de hostilidade possível vindo de uma delas não pensei duas vezes e só parti pra cima delas de novo. Foi uma briga de três contra um extremamente equilibrada: uma hora eu batia e na outra elas apanhavam. Konig acompanhava tudo extremamente desesperado, gritando e clamando para que eu parasse.

— Eu vou matar vocês duas putas do caralho! — Rosnei, puxando tão forte o cabelo da ruiva que um grande tufo de seus fios saiu em minha mão.

As garotas estavam levando provavelmente a maior surra de suas vidas e uma pequena multidão juntou-se para assistir a confusão.

— Lyana! Pare! — Era a voz de Konig, mas infelizmente ela não estava sendo capaz de me alcançar, eu estava cega de ódio.

Vendo que eu não obedeceria o soldado decidiu tomar uma decisão: entrou no meio e de algum modo conseguiu separar nós quatro. Konig me segurou e puxou para longe, as três já estavam com a cara toda inchada e sangrando.

— Dá em cima de homem comprometido de novo seu trio de cadelas imundo! — Rosnei, ainda furiosa.

Com medo de eu me soltar e voltar a brigar o soldado me jogou em cima de seu ombro esquerdo, pegou a sacola que eu tinha deixado cair e saiu em passos largos.

O amor transcende a realidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora