Uma noite antes de voltar pra casa

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Narrador on

- Eu pensei que você ia me deixar cair no chão. - Riu baixinho sentindo as bochechas esquentarem.

- Só um idiota deixaria uma mulher como você cair. - Inclinou-se, gentilmente colocando-a no chão novamente. - Vamos, temos que sair daqui.

E então a dupla seguiu até o arbusto onde Ghost havia deixado suas mochilas anteriormente, pegando-as e desaparecendo no meio da noite.

Lyana ainda sentia o coração palpitar forte diante de tantas emoções, mas, o que certamente a incomodava era aquele salto. Ela abaixou-se e tirou o calçado, levando-o nas mãos, permitindo que seus pés sentissem o duro asfalto frio.

- Você vai acabar se machucando. - Avisou, olhando para os lados. Mesmo que já estivessem longe não poderia baixar a guarda tão facilmente.

- Meus pés estão me matando. Sabe o quanto esse negócio incomoda se usado por muito tempo? - Resmungou, estalando os lábios. - Só espero que não me dê bolhas.

- Por que não tenta pegar alguma coisa na mochila?

- Não podemos ficar parando, né? Além do mais, ia me dar muito trabalho pegar um chinelo ou um tênis agora.

- Tem razão. - Inspirou, parando num ponto de táxi. - Não é seguro continuarmos andando vestidos assim.

Ghost ainda estava com partes do uniforme daquele segurança que nocauteou e Lyana ainda estava devidamente arrumada e bela, com excessão dos calçados.

Não demorou para que um motorista aparecesse e os pegasse, perguntando sobre qual seria o destino. Simon pareceu pensativo por um momento antes de enfim responder.

- Não conheço muito dessa área. Há algum hotel próximo ao aeroporto? - Questionou enquanto deslizava os dedos sobre a tela de seu tablet, conferindo se tinha algum vôo disponível naquele momento mas tendo poucas esperanças sobre.

- Sim, mas ele não é tão agradável quanto os outros. Se você quiser posso te levar até o melhor hotel da região. - O motorista respondeu visivelmente animado.

- Eu quero o hotel mais próximo ao aeroporto. - Ditou e por fim guardou o aparelho digital.

Lyana deixou os questionamentos para mais tarde, estava cansada e seus pés também estavam doloridos, o que ela mais queria no momento era descansar.

Seguindo viagem o taxista os deixou na frente de um hotel - que claramente era inferior ao anterior - e partiu após ser pago. Simon entrou, fez o check-in e eles seguiram até o quarto disponível.

- Não que eu esteja reclamando, mas, por que estamos aqui? - Colocou a mochila em cima de uma das camas.

- Enquanto estávamos no táxi eu verifiquei se havia algum vôo disponível apesar do horário, mas, não tinha. Teremos que passar mais uma noite aqui.

- E pra que horas ficaram as nossas reservas pra amanhã?

- Oito e meia da manhã nós temos que estar no aeroporto. - Alongou um pouco os braços, suspirando. - Nós já estamos perto de qualquer forma, mas, não fique relaxada demais, não podemos nos atrasar.

- Certo, certo... - Jogou-se na cama, suspirando. - Cara, que noite terrível...

- Por que? Você se saiu bem lá na festa. - Sentou-se na outra cama, observando-a.

- Porquê foi completamente nojento ter que beijar aquele cara e deixar que ele me tocasse. - Fez uma careta de desgosto. - Acho que vou ter que tomar banho e escovar os dentes com água sanitária.

O amor transcende a realidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora