Novas regras

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Neste capítulo, está de volta ele... o livro "Conquistando a Preceptora"...

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"Joan vivia uma existência que, para a jovem, assemelhava-se a uma tortura.

Ela não ansiava pelo casamento, não queria dividir novamente sua vida com Sir Dominic, mas ele foi exigente, cruel em sua demanda. O casamento ou ela seria 'instalada' em uma casa distante, teria o filho e ele seria separado da jovem. O amor se converteu em ódio instantaneamente.

Como aquele homem foi capaz de ameaçá-la com tal absurdo?

Porém, Joan Porter era uma preceptora, e Dominic um par do reino. Teria que aceitar suas demandas. Só que o aristocrata não esperava a aceitação... Em termos.

- Estou me casando para ter meu filho junto a mim, mas jamais haverá toque. Carícia. Amor. Qualquer coisa ocorrida antes de sua proposta indecente se findou. Quer o casamento? Seu filho? Milorde o terá, mas em troca, este matrimônio será por conveniência, tal e qual os casamentos de vosso meio.

- Não aceito um casamento de aparências, Joan.

- Então rapte-me e roube meu bebê assim que ele nascer."

Sarah Oliveira da Silva devorou em todo o caminho da viagem as últimas páginas de "Conquistando a Preceptora", deixando as últimas trinta páginas para fechar durante o final de semana prolongado no Litoral Norte.

Ela também levava dentro da bolsa o leitor digital, onde tinham alguns romances que logo começaria; mas o que iria acontecer em "Conquistando a Preceptora" a animava – a excitava – mais.

"Desde que se casou com Sir Dominic, e após o nascimento de seu filho, o pequeno Rafe, não houve toque nem carícias entre o casal.

Viviam um matrimônio onde apenas trocavam algum tipo de afetividade em bailes ou recepções dentro da residência do aristocrata, entre valsas e mãos dadas. Porém, não havia necessidade em demonstrações públicas de afeto: Sir Dominic comentara com alguns amigos que o casamento com Lady Joan fora porque o filho dele, Ian, sempre gostou da preceptora...

- Além disso, minha antiga noiva não era alguém que... Gostava, apreciava a companhia de Ian. Devo me casar com quem ama meu filho.

- Foste tão rápido que até conseguiste outro bebê!

Sir Dominic sorriu por trás da taça de vinho.

- Eu sou filho único. Sempre ansiei por uma família grande. Ian está animado com o irmão.

Exceto pela convivência entre os pequenos, havia frieza no palácio entre os recém-casados. A ausência de romance, amor e sedução fora criada pelas palavras cruéis e ameaças do nobre, o que dinamitou qualquer sentimento vindo de Joan. Sua única preocupação era com o filho e o enteado, e seria capaz de passar o resto da vida dessa forma, mesmo que em seu corpo, a memória das noites com Dominic ainda existisse.

Seus dedos, sua pele, suas mãos, estavam marcados no corpo da ex-preceptora, e jamais sumiriam. Não era difícil livrar-se do desejo que aumentava a temperatura do corpo, deixava sua intimidade molhada nas noites silenciosas em seu quarto, queimava o baixo ventre.

Porém, Joan teria uma vida solitária de toda forma com a ocupação que escolhera. A diferença era que a vida sem toques era apenas uma ilusão antes da chegada de Sir Dominic em sua vida.

Ela sabia que o marido não gostava do casamento por conveniência, mas não se importava com o sentimento dele. Se dependesse da própria Joan, ela permaneceria fingindo ser uma viúva ao invés daquela pantomina que ela considerava o casamento. Aquele homem nunca amou, e que havia apenas como um corpo, e agora, a mãe de seu filho.

Três DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora