Prólogo

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— Oi mãe, acabei de chegar em casa, ainda não sai do carro, porque?

— Seu pai e eu vamos chegar mais tarde. Decidimos almoçar fora.

— Tudo bem.

— Quero saber tudo sobre a sua viagem a Florença. Seu pai e eu temos a certeza de que você saiu muita bem na sua primeira reunião de negócios. Urgh! Estou muito empolgada.

— Nos vemos mais tarde mãe. Tenham um ótimo almoço.

— Para você também meu amor. Pedi para a Agatha preparar para você aquele pudim de chocolate que você ama. Ah! Se não for pedir muito, tenta tirar Meredith do quarto. Desde ontem à noite ninguém mais viu o rosto dela, hoje de manha eu bati mais ninguém respondeu, ou ela não quis me responder ou morreu.

— Credo mãe.

— Brincadeira meu amor. Até mais tarde.

— Até.

Guardo o meu celular dentro da bolsa e subo as escadas acompanhada pelo meu motorista/segurança, Joe, que sempre está comigo.

— Obrigada, Joe. — Agradeço.

Joe acabará de abrir a porta para mim.

— Disponha. Vou pegar as malas no carro.

— Joe, não precisa fazer isso agora. Porque não descansa? Come alguma coisa.

— Tudo bem. — Disse em um tom desanimador.

Joe é a típica pessoa que não consegue ficar quieta, está sempre fazendo algo e se não está procura, ou é isso ou é ficar bufando igual um boi raivoso o dia inteiro. Prefiro ele ajudando os empregados. A única pessoa que não se agrada com a ajuda de Joe é Albert o jardineiro da casa. Albert é um "velho" rabugento que só gosta do meu pai, e de vez enquando conversa comigo e com a Meredith.

— Eu sei que você não vai fazer o que eu pedi, mas pelo menos beba um pouco de água, está muito calor. Pode ser?

— Pode. — Deu um leve sorriso.

Joe caminhou em direção a cozinha e eu subi as escadas tão desanimada e cansada que tudo o que eu mais quero é deitar na minha cama grande e macia. Passei uma semana inteira tentando convencer os Bianchi de que o banco do meu pai é um dos melhores do mundo. No penúltimo dia de reunião quase implorei para o Joe para comprei as nossas passagens, já não tinha mais esperança. Afinal, as vezes a sorte muda de uma hora para a outra.

Tiro os meus sapatos antes de terminar de subir as escadas e finalmente pisar no corredor estreito, ao todo são quinze quartos alguns com suítes e outros não. A ala sul fora feita especificamente para os donos da casa, o quarto dos meus pais é o mais lindo e o mais luxuoso dessa casa, eu sou apaixonada pela banheira de hidromassagem, um dia eu vou rouba-la para mim.

Caminho em direção a porta do meu quarto, que estava fechada. O silencio do corredor fora substituído por uma serie de gemidos vindo diretamente de uma fresta do quarto de Mariana. Eu sei o que esses gemidos representam. Há dois meses atrás, minha irmã mais velha, Mariana, começou a namorar Damon Humphrey, o filho mais novo de Eleanor e Dantas Humphrey, um dos sócios do meu pai e um dos seus melhores amigos e desde então quase todas as noites eu escuto tais gemidos constrangedores, o que me deixa muito irritada e frustrada. Minha irmã não respeita nada e ninguém, ela ama a si própria, tem um ego muito elevador sem contar que muitas vezes é sádica e invejosa. Eu a amo, de todo o meu coração, mas fazer esse tipo de coisa de baixo do teto onde os próprios pais moram? Beleza! Meus pais não se importam muito, aliás eles querem netos para ontem, contudo ainda sim é falta de respeito. Ela tem o apartamento dela porque não faz essas coisas lá? Claro, eu esqueci quem é o namorado dela. Damon e eu nós nos esbarramos por esses corredores algumas vezes, apenas um oi e um bom dia está ótimo, não vou muito com a cara dele. As personalidades de ambos os dois são iguais. Eles são alma gêmeas.

Deliciosa Vingança  Where stories live. Discover now