Reino Aquático

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Boa noite! Voltando mais cedo porque o capítulo foi comprado. Está sem revisão porque não tive tempo. Favoritem e comentem para me deixar feliz. Prestem atenção nesse capítulo. Boa leitura!

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A música tocava, as pessoas riam felizes, mas não havia palavras entre elas. Lauren estava olhando focada para a bebê em seu colo que terminava de mamar em seu seio. Em determinado momento, Aelin soltou o bico sozinha, e Lauren puxou a alça do vestido, cobrindo a mãozinha gorducha com a sua, quando a viu tentando tirar o bracelete.

— O bracelete parece incomodá-la. – Camila comentou, rompendo o silêncio quando viu a bebê tentar insistir em tirar o bracelete. Lauren a ignorou. — Todos esperam que eu peça perdão. Vai adiantar?

— Não é para mim que você deve pedir perdão, pirata. – A resposta foi breve. — Aelin, não há motivos para ser tão insistente, meu amor.

— Então para quem?

Lauren a ignorou por alguns minutos, a pirata suspirou e decidiu não tentar mais nenhum diálogo. Ela se levantou da cadeira e deixou Lauren sozinha, que nem a olhou quando saiu. Camila olhou para a mesa com Lauren e a neném, e a sereia parecia estar dando um pequeno sermão na bebê que insistia em querer tirar o bracelete. Estava em frente a mesa de bebidas.

— Das bebidas humanas, ela gosta do vinho de amora-silvestre. Dos pratos, tilápia, atum e salmonete assados que estão bem ali e salada. O queijo de cabra, dos petiscos, é o favorito da mamãe. Ela não come bolo. Tâmaras e morango. – A voz suave e imatura entrou pelos ouvidos de Camila. Ela olhou para o Lado, e viu Lilly ali. — Não conte que eu te falei isso.

Camila abriu a boca, pouco interessada pelos gostos de Lauren naquele momento. Estava surpresa e não esperava que a menina se aproximasse dela mais. Pela forma que falavam, parecia que tinha assustado a garota de maneira irremediável. Talvez tivessem realmente razão em falar que Lilly era gentil e inocente. Uma mulher negra de cabelos crespos, chamou pelo nome de Lilly, que Camila ainda não tinha visto na ilha.

— Hey! Calma! – Ela segurou o ombro da menina que ia saindo apressadamente. Lilly se encolheu com o toque dela, mas parou, a olhando. Camila tirou a mão e deu um passo para trás para que a menina ficasse confortável. — Eu não sou boa nisso, mas sinto muito. Eu não deveria ter machucado você.

— Por que fez aquilo? – Lilly perguntou, ingenuamente querendo saber os motivos da pirata.

— Eu estava com raiva! Espero que possa me perdoar. – Camila falou cuidadosamente. Não queria revelar sua raiva e o ressentimento pela mãe adorada da pequena sereia.

— Tudo bem! – Ela falou, antes de virar as costas para a pirata e correr na direção da mulher que a abraçou com muita firmeza.

Olhando novamente para a mesa só com Lauren e a bebê, Camila olhou para a mesa de bebida e encheu uma taça de prata com vinho de amora silvestre, aproveitou e pegou um para si. Pensou na alimentação das sereias. Não era estritamente uma dieta de carne humana, e se comiam comida produzida por humanos, então... Elas eram capazes de sentir fome como qualquer um? Sem ser pela vontade de matar alguém? Ou elas comiam apenas porque gostavam?

Bem... Camila assumiu que não era apenas porque gostavam, já que Lauren alimentou a pequena filha com comida humana e Aelin parecia esfomeada enquanto comia seu peixe temperado. Ela escolheu uma porção de queijo de cabra picado e morangos para levar até a mesa. Era só ser gentil e agir como ela mesma, tentar esquecer que essa sereia estava marcando a data de sua morte.

Ela colocou o vinho e o prato em frente a Lauren que ergueu os olhos verdes, causando estremecimentos na espinha da pirata. Eles sempre seriam tão perigosos? Camila se sentou, tomando um gole de seu próprio vinho. Era um bom gosto, apesar de ser mais fraco do que estava acostumada.

Sea of Fury (Camren)Where stories live. Discover now