Magia Ancestral

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Boa noite! Vamos a última atualização do mês? Capítulo dedicado a Kyra porque sem ela não teria nenhuma atualização com os problemas que tive esse mês (algum dia, espero poder falar sobre isso, mas estou um pouco melhor). Favoritem e comentem para me deixar feliz, por favor. Boa leitura.

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Para Camila acompanhar Brenda, foi a custo de desconfianças sobre o motivo dela ter mesmo que treinar magia. Se disseram que não podia, então qual era a linha tênue? Parecia muito mais complicado que houvesse uma linha tênue naquele momento, depois de tanto ser dito para não usar magia por benefício próprio. Era exatamente o que Brenda pretendia ensinar. Camila não era uma boa aluna, mas iria tentar pelo bem de sua mãe. Elas iriam treinar magia em terra firme.

— E não foi dito que não podemos usar magia por benefício próprio? Por que eu quero as consequências disso?

A dúvida de Camila era muito válida e honesta, Brenda sabia disso, então não era irritante ter que respondê-las. Lilly quando era mais jovem fazia perguntas muito mais irritantes do que essa, ao invés de esperar para que tudo fosse esclarecido em seu devido momento. Aliás, surpreendida estava porque Lauren não fez questão de contar a Camila o básico sobre o uso da magia, além de dizer que havia consequências por usá-las.

Lauren fez o que fez visando que Camila tivesse cuidado. Era provável que tivesse errado em se omitir de ensinar a pirata sobre o uso de magia, mas ela é instável e estava tentando evitar desastres maiores enquanto não aprendesse a controlar todos os seus ímpetos. Mas agora, a situação estava exigindo que ela soubesse o mínimo. Não poderia impedir Brenda de tentar ensinar alguma coisa, mesmo que fosse em vão. Lidaria com as consequências depois.

— Por benefício próprio, sim. É verdade. É mesmo proibido usar magia em benefício próprio, mas se me perguntar, ninguém faz a fiscalização e não existe mais uma polícia anti-magia no Mundo das Trevas.

Brenda explicou, e Camila franziu a testa, confusa. Essa deve ser outra história sobre o mundo que ela vivia e não sabia. Estava descobrindo coisas aos poucos.

— Não existe mais? Já existiu algum dia, então? — Ela perguntou, hesitante.

— As rainhas do Mundo das Trevas, por alguns anos, ficaram irritadas com uma rebelião bruxa, de um coven chamado Ruggiero. Todos os praticantes de magia sofreram as consequências, se tornaram vigiadas e proibidas de fazer feitiços sem autorização. A maioria não obteve. Algumas morreram por isso.

— Elas parecem ser legais. — Comentou Camila, e Brenda sorriu sem humor.

— Muito pelo contrário. — Era honesta nisso, ao menos. — Você tem outra pergunta?

— Como burlar as regras sobre a magia?

— Não vamos burlar. Você ser treinada, é garantia de segurança para outras pessoas que não seja a si mesma. Entende? Se você as usa para outra pessoa de forma genuinamente boa, então nada vem até você. Treinar é mais benéfico para quem te rodeia. Além do mais, minha mãe te colocou pânico porque é velha e respeita as tradições, mas as consequências, dependendo do que faz, não são tão grandes assim. Você pode perder cabelo antes do tempo, mas podemos consertar isso com poções. — Falou sinceramente.

— Ficar careca? Não sei se quero treinar agora. Podemos deixar para mais tarde? — Rebateu Camila, seriamente travando no meio do caminho. Amava seus cabelos, que agora tinha pequenas tranças e soltos. Eram cortinas grossas e pesadas, lisos. Uma óbvia herança indígena para além dos traços de seu rosto, e eles eram maiores do que quando ainda estava na pirataria.

Brenda sorriu porque quase esquecido que Roy se comportava de forma hesitante quando se tratava do que era desconhecido, e até com repulsa. Achava que ela tinha superado essa aversão, mas era visível que estava errada no que pensava. Roy continuava intrigante com relação ao mundo mágico. E não queria perder fios de cabelo, até ficar com a cabeça lisa

Sea of Fury (Camren)Where stories live. Discover now