×eleven× jjk

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Ver o Park daquele jeito não era bom. Mas eu não estava bem. Antes de decidir morar com o Park, dar amor a ele e a criança que está por vir, eu recebi uma ligação. Estávamos no restaurante quando isso aconteceu.

-Alô? -Era a ligação de um número desconhecido, não achei estranho pois as vezes recebo de algum número do escritório.

-Jeon? Oh Jeon... Você está sendo tão enganado. -Uma voz meio grossa que fala na ligação.

-O que?? Quem é você?

-O Jimin só está te enganando, ele está fazendo o mesmo que a mãe, te enganando e roubando seu dinheiro aos poucos.

-Não estou entendendo. -Digo num tom sério, já me estressando. Me recuso a acreditar que Jimin seja igual a mãe, ele nunca foi. Mas por que isso agora?

-Olha... sendo sincero eu não gosto dessa sua relação com o tal Park. Vamos fazer um acordo? Se afasta dele Jeon.

-Que?? Nunca. Park e eu temos uma relação, não vou me afastar dele.

-Você nem sabe se essa criança é sua mesmo Jeon. Ou você se afasta dele ou eu mesmo acabo com essa criança. -O dono da voz que eu não estava reconhecendo diz em um tom muito irritado e ríspido.

-O que você vai fazer? Deixa o Jimin em paz. -Devo admitir que fiquei com medo, Jimin é frágil emocionalmente e com a gravidez isso pode se agravar. Não posso perder Park nem nosso bebê.

-Tenho contatos em todo lugar Jeon, estou mais próximo de vocês do que você pode imaginar.

Após a frase, a chamada é encerrada e eu não sei como reagir. Quem é? O que essa pessoa quer com Jimin? Por quê isso tudo de repente?

Já no hotel, assim que chegamos e descemos do carro, meu celular toca novamente, com um número desconhecido.

-Estou observando vocês. Vendo cada passo e cada ação, o que vocês comem e falam. Posso acabar com tudo em um estalar de dedos Jeon. Faça o que mandei. E tome cuidado com o que Park come. -Ao falar o mesmo encerra a ligação, era novamente a mesma voz. Por medo, faço o que é mandado. Não quero ver meu Jimin mal, mas não quero perder nosso bebê.

Fico sério e pensativo, olho Jimin de longe e vejo seu olhar mudando, sem muitas opções por causa do medo, chego perto dele e então falo com Park; -Park, pegue suas coisas iremos nos mudar para um apartamento longe daqui e mais perto do hospital. - Em seguida saio andando, sem nem esperar Park, não queria ver seus pequenos olhos se enchendo de lágrimas, não ia aguentar.

Depois disso comecei a me afastar, e pelo excesso de trabalho e o nervosismo de achar o dono da voz das ligações, comecei a tratar Park com uma certa ignorância, o que ocasionou brigas. Mas eu percebia tudo, as tardes que Jimin passava deitado na minha cama, o excesso de chá e café que o mesmo tomava para tentar se acalmar. E ao longo dos dias que passavam eu recebia ligações, falando o que fazia dentro de casa, o que o Jimin fazia no dia a dia.

Cada dia mais distante. Até que um dia eu estava frustrado, Jimin já grávido de 6 meses e eu não estava o apoiando. Eu estava decepcionado comigo mesmo por isso e queria fazer algo para mudar. Já era quase hora de ir para casa, não tinha tanta gente no escritório por conta do horário então, perdido em meus pensamentos, a estagiária bate na porta, eu autorizo ela a entrar.

-Senhor Jeon, licença. Tem uma visita para o senhor, ele disse que não é nada de negócios... -A estagiária diz e fecha a porta novamente ao ver eu concordar com a cabeça.

Pego minha maleta e coloco alguns documentos importantes nela, tanto do meu trabalho quanto o que eu consegui desvendar da voz misteriosa, e vou em direção a recepção.

Após sair do elevador vejo a recepcionista falando com um homem meio baixo, magro e que estava vestindo moletom preto com capuz. O som da chuva que passava pela porta giratória do prédio era relaxante. O som do meu alto suspiro chamou atenção dos dois, o rapaz de capuz olhou para mim e eu vi que estava de máscara. Tudo era suspeito, eu me afastei de todos, não tem como ser algum dos meus amigos...

-Jeon! Bom te ver. Tenho coisas para te mostrar. -Vejo seus olhos se fechando, indicando um sorriso por baixo daquela máscara, antes de responder análise o que poderia ser útil. As pontas do cabelo dele eram cor de menta, meio desbotado e ressecado, seus olhos eram bem puxados, suas bochechas grandes e por final sua pele muito pálida.

-Mostre.

-No seu carro. -Ele diz animado e vai de volta ao elevador, indo em direção ao estacionamento.

-Ele ficou em silêncio a todo momento e eu não pensei em reagir, não sabia quem era e se estava armado, não quis arriscar.

Assim que o elevador parou, ele saiu andando na frente indo em direção ao meu carro. Como aquele psicopata sabe qual é o meu carro? Tem vários por aqui. Ele parou do lado do meu carro e disse; -Sabia que Jimin tentou matar seu filho? Ele pôs em risco a vida dele e da criança, Jeon. Ele anda se dopando e bebendo sabia? -Num tom ironico, ele vira um tablet que estava segurando pra mim e me mostra um video de Jimin bebendo, chorando e tentando se machucar. Tento não focar em Jimin no vídeo e sim no ângulo da câmera, esse filho da puta me paga.

-O que diabos você quer? -Digo com lágrimas nos olhos, segurando o choro e a raiva acumulada.

-Por hoje? Nada, apenas desista de tudo que conquistou. -Ele tira uma das mais do bolso do moletom e tira a chave do meu carro, percebo que não as peguei com a recepcionista antes de vir. Então ele ri, ele começa a rir da minha situação. Quando tento ir para cima ele rapidamente abre meu carro e entra. No primeiro soco que dou no vidro, ele rapidamente liga o carro e foge.

Eu me sinto frustrado, enganado, manipulado e um idiota. Eu sou um babaca completo por não conseguir fazer nada, eu sinto raiva e tristeza, está chovendo e tudo que quero é abraçar Jimin e dizer que o amo.

Depois de um tempinho andando na chuva eu chego no apartamento. Será que vale a pena entrar e falar com Jimin? Aquele maldito que enviou aquele relógio? Penso enquanto olho o lindo prédio por fora. Ainda pensando no que tinha acabado de acontecer eu deixo o ódio assumir o controle, Jimin provavelmente está na cozinha fazendo algo para comer, é sempre a mesma rotina é sempre a mesma hora. Pego o elevador e só penso em arrebentar aquele relógio e descobrir quem é o desgraçado. Abro a porta, eu estou encharcado, eu vejo Jimin perto da cafeteira e me distraio, mas logo volto ao foco. O relógio de parede, vou em direção a ele e sem pensar duas vezes, dou 5 socos naquela porra de relógio, minhas mãos estavam sangrando e Jimin estava com medo. Eu me abaixei e chorei, eu quebrei a câmera? Eu não sei, mas eu me acalmei. Me acalmei e fui até Jimin e o abracei, o abraço que tanto queria. Eu vi Jimin desabar, ele chorou e soluçou, eu o soltei, ainda segurando seus braços e falei; -Eu estava com saudades. - E dou um sorriso. Vejo o olhar de Jimin e logo os olhos dele começam a se fechar, o corpo dele fica mole e eu o seguro, com o pequeno ainda conseguindo se manter em pé pergunto preocupado; -Park? Você se alimentou hoje? - Porém não tenho resposta além do corpo de Jimin desmaiado que caiu aos meus braços. Entrei em desespero e mal sabia o que fazer, O segurei no colo e o coloquei deitado no sofá. Corri pela casa em busca do celular de Jimin para entrar em contato com uma ambulância, já que não lembro onde deixei o meu. Como imaginei estava carregando do lado da cama dele, e assim, em puro desespero chamo uma ambulância, que não demora muito para chegar já que estamos muito perto do hospital.

(capítulo não revisado e não tão detalhado)

Quem vocês acham que é?? Querem revelação no próximo cap ou posso enrolar um pouco?

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 19, 2023 ⏰

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