Capítulo 58 :

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CARLA

Não sei por quanto tempo dormi, porém quando abri meus olhos novamente, deparei-me com a cena que nunca cansaria de repetir. Arthur ninava nosso filho, caminhando pelo quarto repleto de flores, enquanto ele chupava seu dedinho, com toda certeza, morrendo de fome.



Arthur: Amor. — Seu sorriso se abriu assim que me viu acordada, aproximando-se com nosso filho. — Ele está com fome, mas é bem mais calmo que a Bella. — Estiquei os braços o recebendo.




Carla: Vem com a mamãe, meu amor. Ele é lindo. — Acariciei sua testinha, beijando seus cinco dedinhos de cada mão.



Arthur: Contei os dos pés também. — Sorrimos, com Arthur se acomodando ao nosso lado, passando os braços por minha cintura, ajudando-me a sentar melhor.



Carla: Eu sei que contou. Falando nisso, nossa garotinha já sabe? — Sorrio apaixonada pela família linda que estávamos construindo.



Arthur: Achei melhor não acordá-la ainda, liguei e a minha mãe está com ela. Assim que amanhecer, vou para casa, tomar um banho e trago Isabella comigo.




Carla: Ela vai enlouquecer quando conhecer o irmão.



Arthur: Já imagino seus gritos. — Juntos colocamos Arthur Lucas no meu peito e como suspeitávamos, ele o abocanhou com fome. — Eu não tenho palavras para te agradecer, meu amor.




Carla: Estamos quites então. — Arthur beija minha testa. — Queria tomar um banho antes. — Fiz uma careta sentindo-me suja.




Arthur: Amor, a médica pediu para que você repousasse até de manhã, sem se levantar.




Carla: Mas estou me sentindo tão suja. — Fiz um biquinho, ganhando um selinho.



Arthur: Você está linda, como sempre.



Carla: Seus olhos sempre vão me enxergar assim. — O bebê cuspiu meu bico para fora, o que nos fez mudá-lade peito.



Arthur: Você deveria agradecer. — Fez graças beijando meu pescoço.



Carla: Eu agradeço, mas estou toda suada.



Arthur: Adoro você suada. — Arthur sussurrou no meu ouvido.



Carla: Não faz isso comigo, Arthur, pois passaremos quarenta dias, longe.



Arthur: Nem tanto. — Tocou o decote da minha camisola do hospital aberta. — Se bem que terei que dividi-los agora.



Carla: Pelo jeito ele é tão esfomeado como o pai.



Arthur: Arthur Lucas é meu filho, Carla Diaz. — Passou os nós dos dedos por seu rostinho, carinhosamente.



Carla: Eu te amo, Senhor canalha.


Arthur: Eu também te amo muito, Primeira loirinha.

~~~~~~

Bella: Mamãe.


Meu bebê mais velho entrou correndo no quarto e sorri, vendo que o pai a acompanhava completamente apetitoso, de banho tomado, vestindo um suéter azul marinho e calça jeans. Já Isabella estava toda de rosa com uma tiara no cabelo.



Carla: Meu amor, que saudades. — Ela parou, abraçando as pernas de Arthur, parecendo ter medo de se aproximar. — Vem, querida. Seu irmão quer te conhecer. — Estiquei meu braço livre pegando sua mãozinha delicada, encorajando-a.




Arthur: Vai, filha. Não foi para isso que quase colocou nossa casa no chão? — Meu marido revirou os olhos.



Bella: Mais, papai, ele é tão pequenininho.



Carla: Nós conversamos sobre isso, amorzinho. Agora venha.  — Puxei seu corpinho colando-a em mim também e naquele momento eu estava completa, principalmente quando Arthur deu a volta, sentando no braço da poltrona do outro lado. — Agora é a nossa vez. Isabella, querida, esse é o seu irmãozinho. — Naquele momento meus olhos já estavam cheios de lágrimas.



Bella: Oi, Lucas, eu sou sua irmã e também vou ser sua melhor amiga. — Nos entreolhamos e percebi que Arthur também estava visivelmente emocionado. — Eu já separei  um lugar para você na casa da boneca pra você colocar o seus carrinhos, eu com as bonecas que o Papai Noel me deu. E você com os seus carros, a gente vai poder brincar junto.




Carla: Com certeza, meu amor, mas agora até ele crescer um pouco você terá que ajudar a mamãe. — Beijei seu rostinho atento.



Bella: Eu ajudo, mamãe. — Isabella começou a se abrir, tocando os cabelos do irmão.



Arthur: Eu te amo. Obrigado por me fazer o homem mais feliz do mundo! — Aproximou nossos rostos, mas antes de nos beijar escutamos a voz de Isabella conversando com o irmão, já que Lucas havia deixado meu peito e tinha os olhos atentos na irmã.



Bella: Agora o papai e a mamãe vão se beijar. — Isabella já estava praticamente em cima do irmão, segurando sua mão e beijando seu rostinho.



Arthur: Acho que mudamos de ideia. Vamos beijar a princesa e o príncipe do papai.




Arthur a pegou no colo e ficamos ali em nossa bolha de amor, distribuindo beijos nos dois, que sempre seriam nosso maior elo de amor. Como ele mesmo havia dito uma vez, estávamos construindo nossa família com base no maior amor do mundo. Aquele pelo qual tivemos que lutar, mas nunca desistimos. Eu era inteiramente desse canalha, desde sempre. O amor sempre será a redenção de um ser humano pecador e por ele constituímos essa linda família que ainda cabia em nossos braços, dando-nos o suporte para nos manter firmes em nossos ideais, pois agora não éramos mais eu e ele. A partir daquele momento éramos nós quatro. A família mais feliz do mundo!

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