Pete era ômega e filho do meio de sua ex-rica família e no tempo livre, um striper de luxo. Para salva-los de falir seu irmão fica noivo por contrato de um alfa rico sem nunca te-lo visto. Pete não esperava encontrar Vegas na boate onde trabalhava.
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A semana havia apenas começado e Vegas se sentia impaciente com tudo e todos, e estava claramente colocando a desculpa em seu cio que estava bem próximo, assim, abriu a gaveta de sua mesa e tomou um de seus supressores. Enquanto descia o elevador até o estacionamento no subsolo, pensava onde poderia ir para desanuviar a mente um pouco. Eram poucos os lugares que Vegas poderia ir e se sentir confortável de fato, sem se preocupar em ter seu rosto estampado nas colunas sobre socialites da Tailândia, o Black Pearl era um desses lugares, uma boate de luxo reservada com performances ao vivo, e mesmo que não fosse com frequencia, sabia que lá poderia definitivamente distrair a cabeça, beber um pouco e voltar para casa mais relaxado para dormir e começar tudo de novo no dia seguinte menos rabugento. O dono do bar era um amigo de longa data e sempre lhe reservava um dos lugares com melhor visão do palco, mas discreto o suficiente para não ser percebido por muitos.
Pediu um whisky bourbon e respirou fundo antes de tomar um gole, esperava sentir o cheiro adocicado de caramelo e milho característicos da bebida, no entanto o que lhe atingiu foi um cheiro doce, mas suave de amêndoas, com leves pitadas de baunilha e pêssego, que ao mesmo tempo que servia como bálsamo para o seu cansaço, tinha toques sensuais que lhe causou um leve arrepio na nuca, sem dúvida esse era um dos cheiros mais maravilhosos que havia sentido na vida. Vegas procura pelo salão quem tinha o cheiro inebriante e não soube explicar como, mas assim que seus olhos bateram no ômega que andava voluptuosamente em direção ao dono do bar a alguns metros de distância de si, ele soube. Era ele. O rapaz usava uma calça preta de alfaiataria justa o suficiente para marcar suas curvas, que ia quase até o umbigo, e ao observar um pouco a região, pensou ter visto algo brilhante ali. Sim, conseguia ver pois o suéter branco listrado que usava ia até acima do umbigo, deixando parte da pele de sua barriga exposta.
Ao que parecia, o rapaz estava se despedindo, Vegas olhava hipnotizado para o rosto dele tentando gravar todos os detalhes que podia. Delicado, tinha os lábios pequenos e cheios, que esbanjavam um sorriso tímido e covinhas encantadoras enquanto era elogiado pelos presentes ali, o nariz arrebitado e olhos redondos brilhantes. Seus cabelos pretos estavam levemente bagunçados e úmidos. Teria sido ele o rapaz que havia finalizado a performance no momento em que havia entrado na boate? O alfa soltou um sibilo desgostoso, teria sido interessante ver o ômega dançar. Se levantou indo em direção ao dono da boate observando o rapaz andar em direção a saída com passos confiantes.
— Quem é ele, P'Jo? — Vegas pergunta, fazendo o dono da boate olhar surpreso.
— O ômega? — Jo sorriu. — É o Pete, um dos nossos melhores dançarinos, ele dança aqui apenas às quartas e sextas, por quê? Interessado?
— Maybe...
— Pois nem tente, esse ômega é inalcançável. Vários clientes já tentaram sair com ele e não tiveram sucesso. Ele não caiu em nenhuma lábia, e acho que não vai cair na sua também. Pete dança aqui apenas por hobby, então nem mesmo abrindo essa sua carteira gorda vai conseguir algo com ele.
