Capítulo 11

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Kelly.

Consigo sentir a claridade suave do Sol que entra pelas frestas entreabertas das cortinas. Me mexo devagar, sem querer Abrir totalmente os olhos, Pois ainda me sinto sonolenta demais. Estou decidida a ignorar totalmente esse estímulo e voltar a dormir, mas percebo mãos acariciando bem devagar meus cabelos. Abro totalmente os olhos já com Um meio sorriso formado em meus lábios, sou capaz de reconhecer esse toque mesmo antes de olhá-lo. Daniel está sorrindo timidamente para mim. meu deus, como amo esse sorriso.

Me aproximo um um pouco mais, juntando nossos corpos com um abraço forte e um beijl calmo, sentir a sua boca na minha é o suficiente para me fazer esquecer qualquer coisa de ruim que acontece ao meu redor. Não sei quantos minutos se passaram assim, até que finalmente Recupero a minha sanidade, afastando lentamente nossos lábios, mas mantendo nossos corpos próximos e o meu olhar em seus olhos, tentando ler suas expressões, para a minha surpresa, ele parece tranquilo. Depois de um encontro com o pai, eu realmente esperava ver um Daniel surtando.

— Como foi lá, conseguiu encontrar o Carlos? Pergunto baixinho, afim de ter certeza sobre como ele está se sentindo com relação a isso.

Começo a acariciar lentamente seu rosto, tentando fazer com que ele se sinta confortado e acolhido por mim.

— Sim, eu consegui encontrá-lo. Sinceramente, não consegui ver o homem arrependido que a Katherine descreve. Ele não me enfrentou abertamente, mas também não fez muita questão de esconder o que ele realmente é. Acho que ainda não tenho uma opinião totalmente formada, não sei se as percepções que tenho é a realidade ou só a raiva que ainda toma conta de mim. Mas continuo muito em Alerta com ele, não confio nem um pouco. Queria conseguir fazer Katherin e pensar da mesma forma.

Continuo o olhando atentamente, a preocupação está visível em seus olhos, mas perto do que eu esperava encontrar L parece estar bem, calmo até demais. Uma parte de mim se sente aliviada ao pensar que ao que parece, ele está bem melhor emocionalmente. Mas outra parte sente medo dessa calma toda, tenho medo de que seja só um modo de esconder como ele realmente se sente.

— E Como você está se sentindo com tudo isso? Eu juro que eu esperava ver você Pior, tô vendo que está preocupado com a sua irmã, mas me parece bem na medida do possível. Sabe que pode me contar tudo né. Falo com um tom calmo na voz, sendo totalmente sincera com ele em relação aos meus pensamentos, Espero que ele Faça o mesmo.


Eu sei. E pode ter certeza que eu te contaria qualquer coisa. Você sabe que é a pessoa que mais confio no mundo né? Você é a pessoa que mais consegue fazer eu me abrir. Você está certa, eu tô preocupado com a Katherine, não sei como fazer ela enxergar as coisas que eu enxergo, não quero pedir que ela se afaste totalmente do pai dela, não ainda. Mas queria que ela se mantivesse em Alerta mas sinto que ela não está alinhada comigo nessa questão. Isso realmente me preocupa, porque vejo ela vulnerável demais e não confio no Carlos a ponto de pensar que ele não vai machucá-la. Mas fora isso eu realmente estou melhor do que eu mesmo imaginei que estaria. Eu tô bem. Se é que tem como estar bem numa situação dessas né. Mas não tem nada oculto, eu não tô tendo uma crise de ansiedade um surto, é como você tá vendo mesmo. Tá tudo bem. Acho que é porque eu percebi que não vou ganhar nada se eu surtar agora, eu preciso estar bem para proteger a minha irmã, preciso estar atento, já que ela não está.

— gosto de te ver assim, mais forte emocionalmente é bom ver o quanto a terapia tem feito bem a você agora. Parabéns por estar se dedicando tanto.

— 9 Eu realmente tenho conseguido me encontrar na terapia agora. Mas não é só isso que tem tido um papel importante na minha melhora. Você também é responsável por isso. Ter você do meu lado tem facilitado muito as coisas. Eu te amo..

Destroços do PassadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora