37 - Almoço em família

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Assim como ele disse, passamos a noite agarradinhos assistindo Netflix e comendo besteiras que me engordariam. Em algum momento apaguei abraçando sua cintura frouxamente.

"Ótimo. Segure ele aí. Quero que esteja consciente quando eu chegar."

— Chris? — Ele desligou o celular rapidamente voltando para cama.

— Estou aqui, meu amor.

— Aonde você vai? — Chris estava vestindo roupas e sapatos. Lembro-me de estarmos apenas com nossas peças íntimas. Pelo menos eu ainda usava, mesmo que coberta pelo edredom no momento.

— Preciso resolver um problema. Eu não demoro. Prometo. — Se aproxima do meu rosto beijando meus lábios.

— Mais são 4h da manhã.

— É algo urgente. Eu nunca te deixaria se não fosse.

— Tudo bem. Tome cuidado e volte logo.

Quando se despediu meu coração acelerou de uma forma espantosa. Estava acontecendo alguma coisa que ele não queria que eu soubesse.

#Chris#

— Ele disse que foi contrato apenas para tirar fotos.

— Quem o contratou?

— Não sabemos senhor. Ele não diz.

— Se fosse para eu fazer o seu trabalho eu nem teria porque ter você aqui.

— Desculpe senhor. Vamos continuar tentando.

— Me leve até ele.

Era raro quando eu precisava usar esse velho galpão abandonado para meus negócios, mas aqui  estava eu mais uma vez. Eu odiava sujar minhas mãos com sangue de estranhos, ainda mais com escórias.

— Eu já disse. Ele apenas me telefona quando quer alguma coisa. E-eu não sei quem é. As transferências são feitas de uma conta do exterior.

— Certo. O celular? — pergunto a procura do aparelho.

— Aqui senhor. Já desbloqueamos. Estamos tentando rastrear o número e endereço de IP.

— Com certeza é uma conta fantasma. Esse número é um pré-pago. Dificilmente estará usando o mesmo.

— Sim. Estamos fazendo o possível.

— As fotos que recebi no escritório devem ter sido tiradas por você — Chris, observou o homem amarrado a cadeira sangrando feito uma cascata por todo o rosto. — Você sabe quem eu sou?

— N-não. Eu só faço o que me pagam para fazer. Eu juro que não fiz mal a ela. Nem cheguei perto.

— Certo. Quando foi contatado pela primeira vez?

— A cerca de um mês. Apenas tiro fotos e envio para o destinatário do número. O pagamento é feito logo em seguida.

— Hm. Então não foi você quem as enviou ao meu escritório, suponho.

— Não, senhor. Eu juro!

Era possível ter duas pessoas jogando esse jogo. A um mês aconteceu o roubo de informações na minha empresa, e então Stive apareceu, mais Clare já vinha recebendo mensagens ameaçadoras. Isso pode significar muita coisa ou talvez nada. Mais o meu pressentimento nunca falhou.

— Deixe-o aqui até que liguem de novo. Até lá estejam preparados para interceptar e achar a localização do número. Não o faça morrer antes de conseguirem o que eu quero. Além disso, quero saber todos os lugares em que foi e todos com quem Stive se encontrou antes de aparecer novamente. Quero tudo detalhado o mais rápido possível.

Não Goze Agora (Em Revisão E Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora