A ilha dos sonhos é uma lenda que diz que se você conseguir agradar a guardiã da ilha, você pode pedir qualquer coisa e receberá, e poderá viver na ilha banhada de ouro e prata.
Quando uma mulher desconhecida é descoberta escondida em sua embarcação...
Taehyung nunca foi muito paciente e nem carinhoso, muito menos educado. Por isso, não foi uma surpresa para Jungkook quando o alfa retirou a pessoa de dentro do barril e a pressionou contra a parede, com a mão em seu pescoço.
- Quem é você? - Respirava forte contra o rosto da mulher à sua frente.
- Taehyung, solte-a, é uma ômega. - A viu suspirar quando teve o pescoço solto.
- Sou Soojin.
- Como veio parar nesse barco?
- Você está com fome?
- Eu... eu queria chegar até a ilha dos sonhos. Obrigada. - Aceitou a maçã estendida para si pelo beta.
- E como sabia que estávamos procurando por ela?
- Vocês não são muito silenciosos... - Não pôde deixar de reparar no sorriso maldoso do alfa.
- Você não podia pedir para vir junto, como qualquer pessoa normal?
- Você não é o exemplo de simpatia que faria alguém pedir algo. - Tremia um pouco os lábios pelo frio.
- Tem razão, eu não teria deixado. - Bufou quando o beta cobriu a ômega com o seu cobertor.
- Talvez você sinta-se mais aquecida com o cheiro dele do que com o meu. - Você é ômega, afinal.
- Talvez.
Aquela ômega intrusa já viajava com eles há duas semanas e nenhum dos dois sentiu seu cheiro, o que era deveras curioso para Jungkook, já que seu amigo era um Alfa Lúpus.
- Como nunca sentiu seu aroma, alfa? - Era noite, estavam juntos ao lado do timão.
- Perdoe-me, vossa alteza. Ela estava escondida num barril de vinho e, caso não tenha percebido, estamos navegando. Temos água salgada e ventos terrivelmente fortes para encobrir o cheiro dela, agora mesmo, não consigo sentí-lo.
O Jeon suspirou, ele tinha razão. Jungkook costumava superestimar os alfas e Taehyung sempre tinha argumentos para quebrá-lo.
- Na verdade, sequer cheguei a sentí-lo quando estávamos perto. Ômega estranha.
- Príncipe Taehyung, por favor, não trate-a assim. É do povo como qualquer outra pessoa.
- Ugh. Não me chame assim.
O Kim parecia não ouvir nada do que era lhe dito, o que fazia Jungkook revirar os olhos por sua demasiada teimosia. Não adiantaria nunca puxar sempre sua orelha. Ele acreditava que Taehyung só aprenderia quando fosse castigado divinamente.
Soojin, com os bons ouvidos colados à porta do quarto em que estava acomodada, revirava juntamente os olhos.
Kim Taehyung precisava de uma lição, e ela se encarregaria disso.
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