25 - narração 🔊

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Niki estava extremamente sonolento para seus olhos abrirem definitivamente e ele conseguir enxergar onde estava seu celular despertando sem parar. Por isso estava sentado tentando seguir o som do aparelho para bloquear ele e talvez, talvez, quem sabe? Voltar para a terra dos sonhos.

Evitou jogar o relógio digital que tinha próximo a cama, para longe quando ele tocou mais cedo primeiramente— não que tenha feito isso alguma outra vez — mas não muito tarde depois, o seu despertador do celular acabou tocando também, atrapalhando mais do seu sono que já não tinha sido bom por aquela noite.

Mas foi um grande erro seu esse de tentar se guiar com os olhos fechados por preguiça, quando menos esperou seu corpo bateu contra o chão... Mas bem, pelo menos agora resolveu dois problemas, o primeiro foi que despertou — mesmo que no susto e dor pela sonolência presente ainda no corpo — o segundo, foi que desligou o som do despertador do telemóvel.

Niki não se considerava uma pessoa lerda — de poucos parafusos ele talvez considere — mas às vezes sua mente te impressionava para caralho. Simplesmente por se esquecer que ganhou um dia de folga e tirou o dia pra matar aula e não precisaria de um tanto de despertador, não sabia se ia amanhecer pior ou melhor da gripe então resolveu anular todas suas coisas para aquele dia. No fim das contas ele amanheceu melhor, bem, pelo menos seu nariz não estava mais entupido e outras sensações pareciam bem menos, sua febre sumiu, sua dor de garganta parecia que nunca tinha estado em seu corpo e sua voz voltou cem por cento, mas seu corpo ainda parecia muito preguiçoso.

Não teve jeito, levantou da cama cheio de preguiça, estava tudo tão confortável, seus travesseiros, seu lençol com cheiro de lavanda e seu cobertor quentinho, uma combinação perfeita. Era um castigo terrível ele ter perdido o sono que tanto demorou a encontrar.

Ainda era cedo quando colocou café na cafeteira para passar; eram sete da manhã, quase oito, e para alguém que não faria nada o dia todo estar desperto já era considerado muito cedo. Na televisão passava um programa aleatório de um canal padrão, enquanto o garoto apenas bebia café — geralmente só conseguia fazer as coisas separadas, ou bebia e depois comia ou visse versa, comia e depois bebia, mais um costume costumeiro que seguia ainda — refletindo o que faria por aquele dia, podia ser bem produtivo ou não. Tinha coisas da faculdade para fazer, coisas que deixou pra cima da hora com o lema " para que fazer hoje, se posso fazer semana que vem?", só não sabia por onde começar.

Sua cabeça martelava tantas coisas naquela manhã, talvez idéias e reflexões inacabadas da noite reflexivas que teve.

Se pensam que ele e Sunoo foram para o privado conversar sobre o beijo e entraram pela noite falando, bem... Eles não fizeram isso, na verdade Nishimura Riki dormiu pouco depois de falar no grupo que Ollie criou e aí acabou que acordou meio da noite e entrou pela noite depois de perder o sono, refletindo sua vida, sexualidade, trocando meme com Jake e lendo as mensagens de Heeseung sobre seu encontro, respondendo as de Jay, que por distração ficou no vácuo. Nishimura nunca refletiu sua sexualidade como refletiu naquela madrugada, não que não pense nela sempre, é meio impossível não pensar sobre o assunto, mas sempre soube ignorar.

Ainda era complicado para si, foi arrancado do armário muito cedo e teve medo de tudo muito cedo. Mas não era como se não soubesse que fosse só um bi de fachada escancarado e preferia meninos, isso era nítido como se ele tivesse grafitado em sua testa. No momento, do fundo da sua mente resgatou um... Preferia Sunoo. Sua mente estava do caralho esses dias.

Niki desde o dia anterior já estava um caos, pura confusão sentimental, não por causa da gripe, não porque acordou com uma queda, mas sim, por seus sentimentos estarem confusos, sentimentos em específico pelo baixo de cabelo rosa, este que ele só achava bonitinho, intrigante até... Bem, até a tarde anterior, aquele contato visual, bendita troca de olhares foi o suficiente para deixar muitas coisas claras de forma tão sutil, mexeu de verdade com si. Sunoo era atraente que só e aquilo começava mexer com si mais do que esperava e ouvir Ollie dando uma de conselheiro fodeu os neurônios do japonês. Ele sabia que no fundo sentia algo desde a primeira vista por Sunoo, só não se ligava que ia pro gostar de gostar. Chegou a sentir raiva dele? Chegou, mas só porque Nishimura sempre foi birrento. Mas não negava que tinha achado ele uma gracinha à primeira vista.

hellish neighbor - sunkiDonde viven las historias. Descúbrelo ahora