35 - narração 🔉

410 54 117
                                    

Mas acreditem,  bloquear alguns sentimentos mesmo que com uma parte abdicando, era tarefa difícil,  complicadíssima, sem saída e mesmo que só nascendo, só nem que fosse uma chaminha, era algo bem cadimo, que quanto amis tentasse a parar, mais ela incendiava, ainda mais quando essa pequena coisa, sentimento ou o que for vem de alguém que não te dá um segundo de paz seja como for, com piada ruins, provocação, um abrir de porta e esbarro pelos corredores d eonde você mora, um sorriso encantador, um olhar que enleia qualquer um, mais ainda quem está interessado. Em reflexo, o gostar vinha tão natural,  vagaroso, custoso, ainda sim gostoso de sentir.

Por mais que Sunoo fingisse que não curtia, ele curtia, e esperava um pouco para Niki lhe mandar alguma palhaçada em seu chat.

Algo que te faz pensar e repensar e querer sentir e explorar mais de tão natural que vinha, arrebentando toda a frieza e indiferença.

Quando se está nascendo algum sentimento novo, em reflexo a maioria das pessoas tentam ignorar até o sentimento morrer, outras se rendem fácil e tem as que ficam em uma linha tênue entre ignorar os sentimentos e explorar eles, esse último caso bem que representa Sunoo e Riki. Não por insciência, mas talvez por aquela pequena parte orgulhosa.

No momento, Sunoo se perguntava se o orgulho estava enfiado no meio do seu cú, porque ele jurava que ia dormir, mas não... Ele se enganou. E já era um grande feito ele sair de noite só para ver alguém. Mas ninguém além dele precisava saber disso.

Apesar de horários noturnos nunca serem convidativos para Sunoo e ele ter reclamado horas atrás de sono...De verdade ele até esteve com sono, mas, ele não foi dormir de fato, não por Jungwon estar na sua casa em plena quase dez da noite atrapalhando sua skin care, seu momento de leitura e beber chá como um ritual noturno, mas por ficar rindo de mensagem idiota no  grupo de amigos e pós isso, estar dando trela pra o maluco que morava frente sua casa — Niki, o maluco citado e dito —  e achando uma boa dar uma ida ao corredor só pra ver o rosto dele e claro, pegar um pedaço de torta que o mesmo fez.

Sem julgamentos, Sunoo já se julgou muito ( e ouviu mais dois amigos ), antes de pensar em dar trela para Niki e faltar um pouco de vergonha na cara. E ele ainda pensava sobre, mas via que podia tentar abrir uma brecha naquela situação que já estava tão estranha.

Algo no seu âmago se agitava com a ideia de só ir ver Riki, talvez sentir o calor que o outro transmitia  só com a presença, ou só ir por ir, alguma essência talvez.

As coisas tomavam proporções tamanha um pouco avançadas,  mas nada chegava ser tão profundo ou arrisca, era um pouco engraçado olhando a situação com a cabeça virada.

Era como cócegas em alguém que não sentia cócegas mas mesmo assim soltava um risinho porque era a reação que esperavam. E ali, por conta de ser uma contradição  total do que um dia disse em meio às birras, era engraçado. Porque agora Sunoo se levantava na maior boa vontade e deixava seu apê, bem posteriormente, enquanto desceu para acompanhar o amigo e teve que ouvir e ouvir mais um pouco Jungwon com mil ladainhas sobre não acreditar que o amigo estava ali se contradizendo dando trela para Niki, não que fosse surpresa, metade das falas do Yang era ironia e retoricamente total.  Jungwon acreditava sim, ele até esperou e zombou de Sunoo.

Sun não trancou a porta já que ficaria por ali e na mesma fração de tempo viu a porta branca em frente se abrir e o rapaz mais alto como um andaime parar frente a própria porta antes de se retirar por completo do apê. Riki sorriu para Sunoo, talvez pela sincronia que foi eles saindo meio acanhados com medo de levarem bolo um do outro, mas vergonha na cara não era algo presente. Foi insuportavelmente adorável o sorriso que Niki deu, mas insuportável ainda sim, tão que fez Sunoo sorrir.

hellish neighbor - sunkiWhere stories live. Discover now