45 - narração 🔈

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– Jiló? – Riki reiteirou rindo altíssimo em escárnio do assunto e atraindo  certas atenções curiosas ou até mesmo incomodadas das poucas pessoas presente na cafeteria naquele horário. Bem, Sunoo precisou contar sobre aquilo, na verdade escapou por entre seus lábios sem querer praticamente entre o assunto que tinham, ele só não sabia que Niki iria rir altíssimo sobre o encarando estranho depois dele tentar corrigir. Passando a mão embaixo dos olhos para limpar as lágrimas, Niki completa: – Não acredito que você me chamava desse negócio horroroso.

Sunoo estava sentado na mesma mesa que Riki, frente ele, nem parecia que era ainda seu horário de trabalho devido ao fato de ter tirado o avental, ficado apenas com o suéter preto que usava por baixo do avental, Minju sua colega da cafeteria e um jovem aprendiz o cobriria, ah e claro, tinha Sunghoon também, o movimento estava baixíssimo, dava para dar um escape.

Assim, escondia o rosto entre as mãos, murmurando, suas bochechas ficavam vermelhas por trás de seus dedos que mal escondia aquilo. Vergonha, talvez por Riki estar rindo muito alto do apelido broxante que teve em um passado próximo e estar em uma mesa ao fundo fazia piorar, era como se todos prestassem atenção.  Sunoo retirou as mãos do rosto e esticou o braço pegando a bebida quente que Riki sequer bebeu e tomando um gole para disfarçar seu constrangimento.

Enfim, era terça-feira, para a alegria de poucos ainda, já que era início da semana e  a alegria de fato  era somente de Sunoo e Riki, estavam agitados, como as protagonista de filmes adolescentes quando vai sair com o crush pela primeira vez. Não era nem perto disso, mas estavam ansiosos pelo dia, seu âmago se agitava e se aquecia, mal marcaram o local, deixavam para decidir na hora mesmo, mas tinham umas idéias.

– Porque você não bebe o seu café, ein? – Reclamou o mais alto enquanto guardava seu notebook na mochila, aproveitou a parada para adiantar alguns trabalhos de sua faculdade, mas se perdeu na metade por ficar cantando Sunoo virtualmente.

– Porque eu coloquei somente água no meu copo... – Começou o rapaz se explicando com tamanho drama na voz.  – Me queimei na máquina e fiquei puto demais para fazer alguma coisa para mim.  

– Novidade, você puto com algo, você é muito esquentadinho para quem é um atendente de cabelo rosa, sabia? – Desdenhou Riki e Sunoo revira os olhos, não por tédio, mas porque o Kim fazia isso quando não estava satisfeito. No momento seguinte Niki segura sua mão, virando o pulso vendo a pequena vermelhidão na lateral, sequer ardia só por já ter posto gelo, então Sunoo nem ligou tanto, já tinha tamanho costume em se queimar, já não xingava mais ou se assustava quando acontecia, já virava rotina. – Tsc, como esquece que máquina de café queima?

– É só por gelo, suave  – Por mais da reclamação, o garoto não puxou a mão de volta, deixou ali no acolhimento e calor da mão do outro rapaz. –  Bem... Então já posso considerar nosso date a partir de agora? Estamos em uma cafeteria, na mesma mesa e você segurando minha mão. 

Niki sorriu pequeno com a tal fala, mesmo que a intenção não fosse fazer graça.

– Não é, porque aqui é onde você trabalha!

– Sabe que deixo por sua conta decidir a partir daqui, porque pelo olhar convencido deduzo eu que tem algo em mente.

– Não tenho, mas vou fingir que sim até a hora de sairmos. Saiba disso.

As horas passaram rápido e a ansiedade residente agradeceu, Sunoo se guiou pelo relógio da parede e voltou ao expediente somente para buscar suas coisas. Foram minutos discutindo muito onde iriam, pensaram bastante e resolveram pegar o ônibus e ir em um parque com temática fundo do mar em um bairro vizinho, tinha um aquário lá e a ideia parecia muito boa. 

hellish neighbor - sunkiTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang