Capítulo 14

377 40 31
                                    

Caroline Forbes|•

Muito louco, há poucas horas eu estava por um fio de morrer ou virar uma humana já que essa era a única solução viável para mim.

Estou tentando dormir, mas não consigo, minha cabeça tá a milhão. Não estou sabendo como lidar com tudo que está acontecendo, por mais que eu esteja tendo uma rede de apoio maravilhosa, ainda sim não consigo parar de sentir medo, angústia e outros sentimentos ruins.

Me levanto com cuidado sem correr o risco de acordar minha mãe que está dormindo comigo, vou em absoluto silêncio até a porta e saio do quarto.

–– Oi, amor. –– Klaus me pega de surpresa. –– Dificuldade para dormir?

Não falo nada, apenas concordo com a cabeça tentando conter o choro, o que é em vão. Klaus, se aproxima mais de mim e me abraça.

–– Você passou por muita coisa, Princesa. –– Começa a fazer carinho na minha cabeça.

–– Está doendo tanto, Klaus. –– Choramigo apertando ele no abraço. –– Eu fiz alguma coisa para merecer isso?

–– Caroline, que absurdo é esse? –– Diz e me olha surpreso. –– Você não merece nada de ruim. Agora vem comigo. –– Ele me pega no colo.

–– Que? Onde? –– Seco minhas lágrimas. –– Eu sei andar, Klaus. –– Encosto minha cabeça no ombro dele.

–– Calma, não vou te levar no fim do mundo. –– Desceu rapidamente na velocidade sobrenatural. –– Só quero te ajudar a distrair a mente.

–– Como? –– Fecho os olhos sentindo o cheiro dele. –– Não vai me levar pra beber sangue direto da veia, não, né?

–– Eu jamais faria isso, sei que você não gosta e respeito a sua opinião. –– Diz parecendo estar ofendido e eu abro um dos olhos.

–– Calma, só fiz uma simples pergunta. –– Faço careta assim que ele olha para mim.

Ele sai comigo de casa nos braços e caminha até o carro um tanto apressado.

–– Entra. –– Ele me põe no chão e destrava porta do carro. –– Você vai dar uma volta comigo. –– Diz e abre a porta sorrindo.

–– Para onde? –– Passo minhas mãos debaixo dos meus olhos. –– Eu não quero sair, não tenho cabeça para isso, estou de pijama. Vamos voltar para dentro.

–– Confia em mim, e outra, você está gostosa com esses trajes. –– Pisca e eu nego com a cabeça. –– O que foi? Eu só falei a verdade.

–– A sua sorte é que eu não tenho uma estaca de carvalho branco. –– Entro no carro assim que ele abre a porta.

Esse doido vai me levar aonde? Estou curiosa, mas tenho que ter um pé atrás, Klaus é surpreendente e maluco.

(...)

Klaus continuo dirigindo por um tempo, e aos poucos o desconforto vai dando lugar à curiosidade. Ele parece determinado a me distrair e isso acaba surtindo efeito. A paisagem noturna passa rapidamente pela janela do carro, e eu começo a relaxar um pouco.

–– Então, onde estamos indo? –– Pergunto finalmente, quebrando o silêncio.

Klaus sorri misteriosamente, mantendo seus olhos na estrada.

–– Você já vai ver, amor. –– Ele responde enigmático.

Enquanto ele continua a dirigir, começo a notar que estamos nos afastando da cidade e entrando em uma área mais rural. A sensação de escapar da rotina e dos problemas começa a se tornar reconfortante. A brisa fresca da noite passa pelas janelas abertas, trazendo um pouco de calma para a minha mente agitada.

Essa é a nossa vez || Klaroline Where stories live. Discover now