The Mobster's Unexpected Daughter (Rangshi)

Capítulo 16

Kyoshi's P.O.V

Estava em silêncio no canto da sala, desenhando os principais líderes do submundo de nova York enquanto Korra tentava fazer com que parassem de murmurar. Enquanto eles pareciam em polvorosa, a minha voz não se juntou ao coro.

Uma das principais vantagens de não carregar a coroa era que eu poderia me recolher ao meu canto às vezes e apenas observar. Analisar tudo e todos me dava algumas vantagens e me ajudava a saber como agir quando os momentos me pediam isso.

- Silêncio! - Uma voz alta e autoritária, porém, firme de Asami ecoou pela sala e fez com que muitos dos homens ali presente, acabassem tomando um susto. - Esse não é um recreio estudantil.

- Minha esposa tem razão. - Korra projetou a voz, que agora era a única no ambiente. - Sei que estão alarmados porque os boatos dos russos ainda rondam a cidade, mas posso garantir que são apenas isso, boatos, já demos um jeito neles como em qualquer outro que se colocar em nosso caminho.

- E a Yakusa? - Uma voz saltou, mas eu nem levantei a cabeça para ter certeza de quem era.

- Sem teorias da conspiração, Tarrlok. Vocês sabem que a segurança dessa cidade e a manutenção dos nossos negócios sempre foi a prioridade da minha família e isso não irá mudar. Foi com o meu pai, é comigo e será quando minha filha assumir. Qualquer alteração no esquema que já estão acostumados vocês serão previamente informados.

- Okay...

Aquele caos era desnecessário, nada foi alterado, mas sempre existiam maçãs podres que queriam contaminar o ambiente ao redor e Tarrlok era um desses. Ele estava no radar de Korra desde que ela havia assumido há quase cinco anos, mas a família do cara era tradicional na cidade e precisávamos ter cuidado para não causarmos algum desafeto desnecessário. Mais do que tiros e socos, a máfia era feita de uma boa política.

Girei a folha e comecei um novo desenho, percebendo que logo ele estava se transformando em traços da promotora. Rangi Sei'naka havia se tornado uma imagem frequente na minha cabeça por mais que tentasse combater.

Desde o nosso último encontro em que ela praticamente saíra fugida, tentara me manter longe. Não havia motivos, a não ser meus próprios impulsos, para insistir, já que ninguém mais me atualizava sobre ela tentando encontrar possíveis testemunhas. Se fosse esperta o bastante nem teria começado, nenhuma das pessoas que estavam envolvidas no meio teria a coragem necessária para tentar depor contra nós. Se não temessem pelas
próprias vidas estavam preocupados com amigos e parentes.

A reunião prosseguiu e Korra discutiu pontos comuns e determinou os prazos das próximas entregas, assim como
recebimentos. Havia algumas famílias em dívida conosco e era melhor que isso não continuasse para que a situação não se complicasse para o lado delas.

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