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Renata

Saio do quarto na ponta do pé, abro a porta do quarto da minha mãe, escutando meu pai roncar, fecho a porta com todo o cuidado no mundo e chamo a Rose com a mão, ela ate tentou me conversser a não ir, mais no final foi ela que acabou sendo convessida por mim.

Abro a porta da cozinha vendo o quintal escuro no fundo, entrego meu salto pra Rose e escalo o muro, me sento em cima dele vendo a rua vazia, por isso amo de morar de esquina não tem vizinhos de um lado, pulo no chão e a vagabunda da Rose joga meu salto, que vai para la no meio da rua.

Vou ate pegar eles enquanto ela pula, me sento no meio fio colocando eles em meu pé, passo a mão no corpo, arrumando meu short jeans, olho para Rose que passa a mão no cabelo dela, Reparo na calça jeans e seu corpo e o cropped branco, que mostra o piercing no umbigo.

Rose: Vamos logo antes que o pai acorde e de falta da gente. - olho pra ela de cara feia faço o sinal da cruz no corpo.

- Vira essa boca pra doida, se for pra apanhar que seja amanhã. - escuto ela dar risada e sair andando da minha frente.

Rose: Que esse baile vale a pena, cada risco que estou correndo.

- Amém! .- falo dando risada com ela, pego o celular do bolso, conferindo minha identidade e o dinheiro na capinha, acendo a tela vendo o ser onze e quinze, tomara que a luana esteja nos esperando ainda.

Vou subindo a escadaria devagar e vejo o corpo magro de Luana quase virando a esquina, Rose da um grito chamando ela, que se vira acenando pra gente, olho para os dois lados da rua com vergonha desse grito, perigoso ate meu Pai la em casa ter escutado, porque pensa na bicha escandalosa.

Vamos andando até ela que toda hora manda a gente correr, eu nem doida sou, vou correr com esses saltos e acabar com a cara toda ralada, to fora, chego perto dela morrendo de cansaço, da próxima vez eu venho de tênis, ou de rasteirinha.

Luana: achei que vocês não vinha, meu boy ja tava me ligando . - fala me puxando pela mão, entramos no beco e ja escuto o batidão do funk, e hoje que minha bunda ganha vida propria.

Rose: Teu boy e ciumento? - escuto elas conversarem e paro no meio da rua Descendo até o chão rebolando.

Luana: Ciumento e pouco, ele e neurótico. - Subimos mais umas duas ruas ate chegar na quadra lotada, olho para os meninos empinando de moto pra cima e pra baixo, Toda hora passa uma mona mais montada que a outra.

So não me senti humilhada porque eu sei do meu valor, Luana pega na mão da Rose, e ela pega na minha entrando uma atras da outra dentro da quadra lotada, aqui dentro está parecendo um formigueiro, o Som alto faz meu coração pular no ritmo do funk de baixo calão.

Luana vai na frente abrindo passagem para Rose e pra mim, escuto varias cantadas barada no meu ouvido, mais fico queitinha, vou ficar abrindo sorriso pra qualquer um nada, ela nos guia até uma escada de metal e o segurança libera nossa passagem.

Aqui em cima esta mais calmo que la em baixo, apesar de também ter bastante gente e a maioria ser mulher, ela vai ate o bar improvisado no canto do camarote e pede um copo de Whisky pra cada, Rose me olha apavorada por que ela nunca bebeu, dou risada da cara dela.

Eu ja bebi algumas vezes com o Jorge, na verdade a gente sempre matava aula nas sexta feira, para ir beber com uns amigos, ela entrega nosso copos brindando com a gente.

Luana: Ao começo dessa uma nova amizade. - ela fala alto por causa do som.

Bato meu copo de 700 com ela e depois no da Rose que me olha negando, me aproximo dela para falar em seu ouvido, que tudo na vida existe uma primera vez e hoje chegou a dela.

Viro as costas indo em direção a grade onde vejo tudo lá em baixo, olho o Dj em cima do palco tocando e pulando, reconheço o toque de Toda hora do cabelinho e dou risada levantando meu copo.

Me seguro na grande empinando minha bunda, vou descendo rebolando ate o chão no ritmo da musica, sempre esperei por esse momento de colocar todas as coreografias que ensaiei em frente ao espelho em pratica, Luana segue meu ritmo colocando a mão na minha cintura.

- Toda hora na base brota uma Piranha gostosa, que senta chupa, quica e rebola. - Canto me acabando. - E deixar que 24 hrs.

Rose não se aguenta e logo começa dançar a trás de luana, indo ate o chão com a gente, Luana me solta dançando com a Rose, empino minha bunda colocando a mão no chão, e jogo o cabelo olhando pra trás, dou de cara com um olhar quente sobre meu corpo hora, arrepia todos os meus pelos.

Coloco o copo na boca segurando entre os dentes e coloco as duas mãos no joelho rebolando, sinto Rose dando tapinha em minha bunda rebolando ao meu lado, foi pra isso que vim, pra Dançar até não aguentar mais.

Me encosto na grade bebendo um pouco do Whisky em meu copo, sinto o gosto do energético em contato com minha lingua e bebo mais um pouco me refrescando, olho para trás vendo o mesmo moreno tatuado com os olhos cravados em mim, sustento sua encarada sentindo borboletas no estômago, enquanto minha pele parece pegar fogo.

Viro para frente e bebo mais do meu Whisky, respiro rápido pelo cansaço de dançar, e Rose se encosta ao meu lado levando seu copo até a boca, fico analisando suas expressões para saber se ela gostou.

Rose: Ta fraquinho. - fala me olhando e abre um sorriso.

- e assim que começa.- falo no seu ouvindo vendo ela dar risada, Olho para a pista lá em baixo lotada.

Caraca sem tive vontade de conhecer um baile de favela, mas isso aqui está melhor doque eu imaginei, já quero todo final de semana, voltou a dançar com as meninas entregando tudo.

Mil Pedaços (CONCLUÍDA) Where stories live. Discover now