03: Accident🏁

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LIZZY SILVA POINT OF VIEW4 anos depois

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LIZZY SILVA POINT OF VIEW
4 anos depois

O motor dos carros rugia, a chuva ficava cada vez mais forte e a cada volta que passava a tenção aumentava. Charles estava em atrás de Max, que liderava o 1° lugar.

- Ele sempre foi bom nisso. - Alice sussurrou.

Alice, eu e Charles crescemos juntos e até aos 15 anos éramos inseparáveis até que os pais de Alice se separaram e teve que viver com a mãe em Espanha. Felizmente o destino juntou-nos, e agora Charles estava de volta. Mas desta vez não era para quebrar as nossas bonecas, e sim o meu coração.

- Ele está diferente. - Cuspi as palavras sem pensar, e a minha boca amargou. No fundo sabia que Charles nunca mudaria, e que o seu ego seria enorme.

- Talvez... - Alice disse, e fiquei surpresa com a fala da mesma. Esperava que ela negasse.

A chuva estava forte, estava completamente molhada, e provavelmente amanhã a minha garganta iria doer.

Faltavam apenas 5 voltas quando Charles estava prestes a ultrapassar Max quando este o impediu. O carro de Charles dava piões, e quando finalmente parou, o carro estava em chamas, completamente despedaçado. O mundo parou, o meu coração doeu.

- Meu deus. - Alice estava de boca aberta.

Pelas imagens dava para ver que o carro estava completamente despedaçado, e não havia sinal algum dele. As equipes estavam em pânico, e em certa altura já se acreditava que ele havia sido consumido pelas chamas.

- Não, não, não! - Gritavam, em pânico. - Aonde ele está? Onde o Charles está?

O meu coração queimava.
Queimava como se estivesse com ele, e doía. A ideia de ele ir, doía. Eu queria invadir a pista, eu queria buscar por ele, e o trazer comigo.

- Vai ficar tudo bem, eu prometo - A garota me abraçava, chorava como uma criança.
E isso me trouxe lembranças das vezes que Charles destruía as nossas bonecas e eu chorava como um bebê e dizia à minha mãe que o odiava.

- Sejam rápidos, rápido caralho! - Todas as equipes estavam em pânico.

A corrida havia parado e não havia sinal algum de Charles. E foi quando tentavam apagar o fogo que ele saiu das chamas, vivo.

Tudo queimava.
Tudo queimava.
Tudo queimava.

Tudo queimava como o inferno.

- Ele está vivo. - E agora a vontade de o abraçar fazia me sentir ódio de mim mesma.

- Caralho. - Carlos, amigo de Charles colocava a mão nos cabelos compridos e respirava fundo.

- Ele está bem? - Perguntei a um dos bombeiros que entrava, este apenas concordou com a cabeça.

Pelas imagens das câmaras Charles estava dentro de um carro enquanto chorava. Provavelmente das únicas vezes que o vi chorar, e quando ele chora é porque não está bem.
Vê-lo assim fez me lembrar do dia em que o ser que mais amávamos partiu.

- Tá doendo Alice. - Senti as lágrimas caírem, e a minha figura de forte desmanchou-se.

- Eu sei Li, mas ele está bem. - A mais velha disse calmamente. Ela sempre me acalmava, eu e ela éramos definitivamente o oposto.

- estão a transportar-lo, e logo vão o levar para o hospital. Há algum parente próximo presente? - Um homem alto fardado anunciou

- Há. - Alice e Carlos disseram ao mesmo tempo.

- Quem? - Parecia aliviado.

- A Lizzy. - Disseram novamente em sintonia.

- Não, vão vocês. Eu depois mando mensagem para saber como ele está! - Disse rapidamente, eu não queria me reaproximar dele. Eu sabia que quando o fizesse não havia caminho de volta.

- Não Li, você conhece-o desde criança. - Alice disse.

- E ele provavelmente quer você com ele. - Carlos disse por fim.

Carlos sabia sobre mim? Sobre nós?

Permaneci em silêncio, e apenas segui o homem. Fiquei chateada, mas uma parte de mim sugava-me para ele. Mas eu precisava de lutar contra esse forte íman entre nós.

- Lizzy, não se assuste. O corpo dele não está muito machucado, mas as mãos estão. Se entrar em pânico pode o deixar alterado e não é muito bom, a qualquer momento pode ter uma paragem cardiovascular. - Avisou quando estávamos perto. Apenas concordei com a cabeça e continuamos a andar.

Quando chegamos ele estava a entrar na ambulância, e quando já estava tudo pronto, entrei. Ele continuava a chorar, provavelmente com dores.

- Meu deus, Charles. - Afirmei baixo. - Vai ficar tudo bem, prometo.

- Isso dói tanto. - Gemeu.

- Eu sei, mas agora tem que ser forte. Logo os remédios fazem efeito e você deixa de sentir as dores. - Coloquei a mão sobre ele calmamente, com medo de o machucar.

- Desculpa por te fazer mal loirinha, eu não queria isso. Sinto muito. - Engoli em seco, e fiquei em silêncio.

- Charles, só não pensa na dor agora. Logo chegamos no hospital e vai ficar tudo bem. - Disse fazendo carinho no cabelo dele.

- Eu não te mereço. - Disse baixo.

Quem estava em fogo era eu, e queimava muito.

Espero conseguir sair daqui sem me queimar.

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"Sua vida se define por quem segura sua mão. Ou pela mão de quem você decide segurar." Taylor Jenkins Reid, Daisy Jones & The Six

The paradox of love and hate 🏁Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin