08: screw this🏁

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LIZZY POINT OF VIEW 4 anos depois

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LIZZY POINT OF VIEW
4 anos depois

O período de summer break estava prestes a terminar, faltando apenas 1 semana. Estava mexendo aleatoriamente no meu notebook quando recebo um e-mail do órgão superior, o que dava a entender que era uma informação que todos iríamos receber. Algo de bom não viria daqui.

Cliquei no e-mail e e deslizei o olhar pelo longo texto:

"É um prazer transmitir este comunicado que estávamos planeando à meses.
A última temporada foi difícil, e vimos como todo o pessoal se esforçou. Tendo em conta o esforço da equipe em geral, temos o enorme gosto em anunciar uma estadia particular no nosso cruzeiro por 1 semana.

Confirmem a inscrição no site anexado abaixo até domingo.

Para mais informações as diretorias de todos os órgãos incluídos nesta estadia irão entrar em contato.
Agradecemos pela colaboração,
Sussan Gomez"

Ao acabar de ler aquilo sabia que não tinha grande escolha, que que provavelmente Alice havia recebido o mesmo e-mail.

Muitas pessoas tinham uma certa dúvida sobre o facto de eu ser jornalista, muitos pensavam que fazia parte de uma empresa, mas na verdade era jornalista contratada para unicamente estar nos eventos de fórmula 1. Ou seja, fazia parte da "família"

O meu celular tocou e vi na tela o nome da minha melhor amiga.

- Você viu? - A garota estava tão agitada que pudia sentir.

- Sim, você vai?

- Vamos, Lizzy. - Me corrigiu. - Quer que eu confirme com você?

- Pode ser. - Disse sem dar muita importância.

- Se anima Lizzy, faz tempo que só fica fechada em casa. Esquece o passado!

Esquecer o passado era difícil, na verdade, muito mais difícil do que simplesmente dizer para o fazer.

Doía muito, demasiado para conseguir fingir que estava tudo bem.

- Enfim, depois montamos a mala juntas. - Limpei a garganta e afastei o assunto.

- Lizzy, eu acho honestamente que você precisa de um psicólogo. - Havia sinceridade na sua voz.

- Alice, está tudo bem.

- Não está, o próprio Carlos comentou que nunca te tinha visto sorrir. Ele tinha uma impressão errada de você, parecia fechada. - Na sua voz havia arrogância.

- Eu tô me fodendo para o que o Carlos pensa sobre mim. - O meu coração fez faísca e o clima pesado entre a chamada se instalou.

- Claro que está. - Estava sendo irónica.

Eu achava tão idiota o facto de Alice por vezes ser tão infantil, ela sempre foi das aparências. Por um lado entendia isso, os seus pais eram muito rigorosos e sempre queriam passar boa aparência, mas não entendia o facto dela exigir de mim algo que não conseguia ser. - Não mais. A antiga Lizzy que via o mundo rosa havia morrido.

Encarei a gaveta que tinha o meu cigarro eletrônico, combati comigo mesma a vontade de aliviar a tensão. Uma vez não são vezes, certo?

Peguei o aparelho e desci as escadas, encostei-me sobre a frente da casa que tinha um pequeno jardim. O dia hoje estava calmo, sobretudo depois da correria dos turistas no Mónaco.

Traguei aquele fumo com sabor a limão com menta, era incrível como aquilo se tornava viciante.

Por um certo momento senti-me observada, mas não procurei por ninguém, provavelmente seria apenas um turista, pensei.

- Fumar mata. - A sua voz rouca me fez estremecer. Sabia de quem vinha, e podia a reconhecem em cada canto do mundo.

- Você também - Pensei

- Está me evitando, L? - Escutar aquele apelido sair da sua boca me deixava sufocada.

Era horrível.

Era definitivamente horrível.

- Desde quando te tou atenção? - Encarei-o pela primeira vez, soltando o fumo.

Ele parecia estar cansado, o cabelo estava bagunçado e as suas roupas confortáveis denunciava que estivera a correr. O típico caminho, desde sempre...

- Fazia tempo que já não via os seus olhos. - Cuspiu, e seguiu o seu caminho.

Como sempre fazia, deixava a bomba e eu que aguentar as consequências da explosão. Mas esta, era dentro de mim.

Ele era definitivamente o cara mais insuperável ao cimo da terra.
E por incrível que pareça, a Lizzy de 19 anos iria amar porque ela amava qualquer besteira que Charles Leclerc fazia.

Se ela soubesse que a sua existência era motivo para eu querer explodir.
Ele era tão, mas tão insuportável.

The paradox of love and hate 🏁Where stories live. Discover now