ENTRANDO NO SUBMUNDO

chapter six; i will come back

Passei por algumas coisas ruins
Eu deveria ser uma vadia triste
Quem pensaria que isso me transformaria em uma selvagem?

7 rings - Ariana Grande

Boston, Massachusetts
17 de abril de 2016.

Alex Roiall

Só pode estar de sacanagem.

- Você? - pergunto incrédula pois não consigo acreditar na pessoa que está diante dos meus olhos.

- Sim, eu - ele diz dando de ombros como se fosse a coisa mais normal do mundo meu motorista estar em um galpão abandonado pra onde minha mãe me mandou vir.

- Meu pai mandou você me seguir? É isso? - digo dando dois passos pra trás segurando a barra de ferro com mais força.

Meu pai pode muito bem ter me visto entrando no Uber e ter mandado ele atrás de mim.

Luke percebe a ameaça e começa a rosnar.

- Primeiramente, segura seu cachorro Alex, parece que ele não comeu direito nas últimas horas e está louco pra um lanchinho - ele diz olhando pra Luke - e segundo solta a barra de ferro querida, não quero machucar você e sinceramente não quero que você me machuque.

Querida.

Você me lembra tanto sua mãe querida.

Querida.

- Para! Não me chama assim! Nunca mais me ouviu? - grito com os olhos já cheios de lágrimas.

- Ei ei ei, calma, tudo bem - ele diz em um tom tranquilizante dando um passo em minha direção.

Querida.

Melhor agora que estou com você querida.

Querida.

Sinto uma mão em meu ombro.

- Não me toca, sai de perto de mim! - digo me afastando dando de costas na parede.

Querida, querida, querida...

As mãos dele, sinto as mãos dele em mim.

Escorrego pela parede até o chão, coloco as mãos na cabeça puxando meus cabelos implorando pra que ele pare de me tocar. Por favor.

- Alex? Ei? - volto para realidade quando Cameron pega meu rosto com as duas mãos focando meus olhos no dele.

Ele não está aqui Alex. Ele não está aqui.

- Você está bem? - ele pergunta ainda com as mãos no meu rosto com preocupação estampada em seu rosto.

- Eu... - minha voz falha - eu estou bem - em fim digo.

- Não é o que parecia a um minuto atrás - ele diz com a testa franzida e a mandíbula travada.

- Já disse que estou bem - digo tirando suas mãos do meu rosto me levantando logo em seguida.