ENTRANDO NO SUBMUNDO

chapter fourteen; always and forever

Segurando-se à ruína de sua casa quebrada
Muito perdida e machucada para carregar suas forças
Todos nós precisamos de alguém pra se segurar.

Someone to stay - Vancouver Sleep Clinic

02 de setembro de 2020

Alex Roiall

Sinto minha cabeça doer e girar como se eu estivesse com uma ressaca do caralho após uma noitada.

Forço meus olhos a se abrirem e tento me adaptar a luz que faz minha cabeça pulsar ainda mais.

Olho ao redor para tentar identificar onde estou e tudo que vejo são paredes brancas e uma televisão na parede transmitindo só Deus sabe o que.

- Meu Deus, Alex? - ouço uma voz masculina dizer em um grito.

- O que...? Onde estou? - é tudo que consigo dizer.

- Você está nó hospital loirinha - ele diz se aproximando e sentando-se na beirada da minha cama.

- Desculpe... eu conheço você? - pergunto e vejo uma expressão de choque e o que parece ser medo? Tomarem conta do seu rosto.

- Me diz que você está brincando - ele diz agarrando um das minhas mãos - Me diz que está fazendo a porra de uma brincadeira.

- Do que está falando? E por que estou aqui? - digo puxando minha mão do seu agarre fazendo com que seu rosto seja tomado pela dor.

- Vou chamar um médico - é tudo que ele diz antes de sair do quarto.

Tento me lembrar quem é ele e como ele me conhece mas não consigo me lembrar de nada, é como se tudo houvesse sido deletado da minha mente.

Não consigo me lembrar nem do meu próprio nome droga.

- Senhorita Roiall - me viro quando ouço o que acho ser o médico e junto dele está o garoto que estava aqui a alguns minutos e mais um homem de uns quarenta e seis anos aproximadamente - Consegue me ouvir?

- Sim, mas alguém pode me dizer o que está acontecendo? - digo impaciente por não conseguir me lembrar de nada e por ninguém responder as minhas perguntas.

- A senhorita sofreu um acidente e acabou sofrendo uma lesão grave na cabeça, não se lembra de nada?

- Não, não me lembro... - deixo as palavras morrerem enquanto meus olhos se enchem de lágrimas - Onde...? Onde está a minha mãe?

Vejo quando os três olham entre si.

- Algum outro sintoma além da amnésia? - o médico diz se aproximando ignorando completamente minha pergunta.

- Uma dor infernal na cabeça mas tirando isso, nada.

É como se simplesmente tivessem chegado e arrancado uma parte de mim sem pedir permissão alguma.

Sinto como se meu corpo tivesse me traído, como se eu tivesse sido violada.

- Certo, posso examina-lá um momento?