chapter eight; back to town

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Não, eu não gosto de você
Mas eu fiquei mais inteligente, fiquei mais forte, bem na hora certa
Querido, eu me levantei dos mortos, faço isso o tempo todo
Eu tenho uma lista de nomes e o seu está em vermelho, sublinhado.

Look what you made me do - Taylor Swift

Cancún, México
29 de julho de 2020.

Alex Roiall.

- Foco Alex! - Alejandro grita pela quarta vez consecutiva e penso seriamente em descer o chute no saco dele ao invés do foco aparador em suas mãos.

Ando distraída desde que ele me deu a notícia que eu espero a meses.

Vamos voltar para Boston amanhã.

Depois de quatro anos longe, treinando dia e noite em busca de ser cada dia melhor, estou pronta para voltar.

- Já chega por hoje - Alejandro diz enquanto tira as luvas - sei que está ansiosa para voltar Alex, mas com a cabeça que você está aí, todos esses anos de treino não vão servir de nada - ele diz jogando uma garrafa d'água pra mim.

- Não adianta ter o corpo forte e a mente fraca, lembre-se disso - ele diz bebendo água da sua garrafa - foco ouviu? Foco.

- Eu sei, eu sei - digo revirando os olhos - só estou ansiosa tá legal? Não saio de Cancún a quatro anos, da um desconto el rei - digo o chamando pelo apelido pra ver se ele para com a encheção de saco.

Assim que cheguei ao México com Alejandro, descobri que todos o chamavam de el rei, cheguei a perguntar o por que a ele mas ele nunca quis me revelar.

E claro que mais ninguém também nunca quis.

Mas sei que ele gosta do apelido pois desde a  primeira vez que o chamei assim, ele sempre balança cabeça e abre um meio sorriso.

Então ficou assim, ele me chama de mi amor e eu o chamo de el rei e vivemos bem.

Alejandro nem ninguém sabe sobre o que Charles fez comigo no dia em que botei fogo no meu quarto, e sinceramente esse segredo vai comigo para o túmulo.

Ele acha que quero matar Charles pelo que ele fez com minha mãe, o que não é cem por cento mentira mas acho melhor ele continuar achando que esse é o único motivo.

Não é como se eu quisesse que todos soubessem o quão fodidamente quebrada eu estou.

Desde o ocorrido com Charles, nunca mais deixei ninguém tocar em mim, mas não quer dizer que eu nunca mais tenha tocado ninguém.

Uma das primeiras coisas que fiz assim que cheguei ao México foi ficar com um cara qualquer, não queria que Charles fosse o único que havia me tocado de tal forma.

Mas assim como na primeira vez, logo após transar com quem quer que fosse, eu pegava minha coisas, entrava em meu carro e vinha para o meu apartamento indo diretamente para debaixo do chuveiro e passava as unhas por todo meu corpo até sentir a ardência em minha pele me provando que eu estava me tocando, não ele.

A questão é que sempre que transo com alguém, eu não deixo me beijarem nem encostarem a mão em mim, nunca.

É simples, eu comando, eles acham que estão dando um show sem as mãos e desmaiam ao meu lado na cama achando que me deram um baita chá de pica.

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