Survivor - Saidahmo

Minha Filha

[POV MINATOZAKI SANA]

Segurei na cintura da Dahyun, e a ajudei a levantar. Fomos caminhando até o carro, e ela aparentava estar em seu estado normal agora.

Era nítido que estávamos ansiosas para esse momento, e era totalmente compreensível que a Dahyun esteja nervosa. Com certeza ela está sentindo algo diferente.

Imagino que ela tenha criado esse cenário na cabeça dela por diversas vezes, imaginando como seria a sensação de encontrar a mãe dela, de saber como é o rosto, o toque, o som da risada dela. Pois tudo em sua mente era um leve borrão.

Quando parei em frente a casa novamente, buzinei de leve e vejo a Moonbyul acompanhando a senhora Kim com cuidado.

Momo e eu saímos do carro, e a Dahyun saiu do outro lado em que estávamos.

SK: Minha filha! Meu Deus, minha filha! Minha filha! - Falava rapidamente.

Seus olhos eram cheios de lágrimas e o seu corpo inteiro tremia de ansiedade.

Dahyun correu até ela e a abraçou bem forte. Todas nós estávamos com os olhos marejados, nada era comentado, apenas os barulho do choro daquelas duas era ouvido.

Senhora Kim se afastou um pouco do corpo de sua filha e a olhou nos olhos, como se tentasse comprovar que seria ela mesmo ali na sua frente.

SK: Esperei tanto por esse momento minha pequenina. Nunca deixei de acreditar que você ainda estava nesse mundo. Eu sabia que nunca iria deixar de sentir isso, minha filha!

Dahyun não a soltava por nada. Acho que nesse momento havíamos cumprido nossa missão. Tudo que tentamos fazer por esse longos meses, nada foi tão forte como está sendo esse momento. Agora tudo fazia sentido, como se tudo tivesse sido desenhado em uma folha de papel em branco, algumas pessoas não acreditam em destino, mas eu tenho fé que este momento teria sido a razão de tudo.

Isso explica termos encontrado a Dahyun naquela noite, termos cuidado dela, dado um lar, um abrigo, um colo, e o nosso amor por completo.

SK: Me desculpa por tudo minha pequena. Eu tentei te encontrar, mas eu fui covarde, seu pai me proibiu de fazer mais buscas para encontrar você.

DH: Está tudo bem minha mãe. Eu voltei, estou aqui com a senhora. 

Elas se separaram por um instante e as duas começaram a rir ao ver o rosto de ambas todo molhado por conta das lágrimas.

DH: Agora eu entendo por que sou tão chorona. - E todas riram alto.

MB: Meninas, vamos entrar. Já está esfriando aqui fora e podemos conversar melhor lá dentro.

Senhora Kim concordou e pegou na mão da Dahyun, a guiando para dentro de casa. Igual as mães fazem com seus filhos pequenos. Era lindo de ver essa cena e também ver que a Dahyun estava reagindo muito bem a todos esses estímulos até agora.

[POV KIM DAHYUN]

O que senti naquele momento é algo indescritível. Algo único. Parece que um clarão surgiu na minha cabeça, seguindo de uma pontada bem forte. Mas eu lembrei, lembrei do rosto dela, do sorriso, das bochechas gordinhas, do seu cheirinho.

Minha mãe e eu sempre tivemos uma ligação muito forte. Eu não imaginava que poderia encontrá-la novamente. Que poderia ter esse contato tão especial. Sem o psicopata do meu pai por perto.

MM: Amor, você está bem? Está sentindo alguma dor?

DH: Só foi uma dor na minha cabeça. São muitas memórias surgindo.

SN: Memórias? - Perguntou animada.

DH: Sim! Memórias! Eu consigo me lembrar do seu rostinho agora, mamãe. Do seu cheirinho, do barulho da sua risada. Eu pensei que nunca mais fosse vê-la.

SK: Você não imagina o quanto esperei por isso, minha filha. Mas o seu pai é o ser humano mais podre e desprezível que existe nesse mundo.

DH: Mas o que aconteceu de fato naquela noite?

SK: Bom, pelo que eu descobri depois, ele mandou alterar o seu helicóptero, obviamente você sofreu o acidente. Só que não fazia sentido você sumir complemente. Pois não fazia tanto tempo que você havia partido para viagem. Eu acionei a polícia, convoquei um multirão para fazer as buscas, mas ninguém te achava. Ou melhor, a polícia corrupta de Hondae te achou mas eles esconderam todos seus vestígios, todas as pistas que pudéssemos ter de você.

DH: Por isso havia várias informações erradas sobre mim na mídia, havia uma informação que a senhora estava morta também.

SK: Sim minha querida. Seu pai forjou tudo. Ele quase me matou mas eu consegui fugir aqui para o Japão e deste então eu vivo anonimamente.

DH: Eu sinto muito, mamãe. Isso é tudo culpa minha.

SK: Não se culpe meu anjo, eu faria tudo novamente se fosse preciso, iria continuar lutando por você até o final. E me diz uma coisa, e esses dois anjos que cuidaram de você? Me conte mais sobre elas? - Ela disse referindo-se a Sannie e Momorin.

DH: Elas são os amores da minha vida, literalmente me salvaram na noite do acidente. Elas duas e mais 6 meninas. As meninas tiveram que levantar a parte de trás do helicóptero para me salvar e a Momo que me puxou, minhas pernas estavam presas embaixo do helicóptero.

SK: Ai meu Deus! Você realmente nasceu de novo. A partir de agora temos que comemorar dois aniversários por ano. Mas então quer dizer que eu tenho duas noras?!

DH: Sim mãe. - Falei timidamente.

SK: Misericórdia, isso é muita modernidade para minha cabeça. Mas eu te amo de qualquer maneira, o que importa é que você está aqui viva! - Sorriu

DH: Eu vou te apresentar para todas minhas amigas, assim que tivermos uma oportunidade.

SK: Muito obrigada, meninas. Por cuidarem tão bem da minha filha, vocês a salvaram e a trouxeram de volta para mim. Vocês foram literalmente uns anjos na vida dela.

MM: Nós a amamos demais senhora Kim. Vamos fazer tudo por ela sempre.

SN: Obrigada por nos aceitar de coração aberto, senhora Kim. A Dahyun é o nosso maior tesouro.

SK: Jamais serei contra vocês, meninas. Vou amá-las do jeito que for, e serei eternamente grata por tudo.

DH: Eu te amo muito, mãe! - Eu a abracei novamente, ficamos assim por longos minutos e conversando bastante.

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Aobaaa! Quero agradecer imensamente por vocês estarem aqui. Alguém irá na Bienal do Livro no Rio?