58 | Confronto

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— ¿Cómo estás, prima? ¡Espero que estes bien y feliz! — Fala assim que o carro começa a se mover, com o canto de olho noto que ele abre uma caixinha com uma injeção, que posso supor ser o antídoto para tirar a paralisia forçada do meu corpo

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— ¿Cómo estás, prima? ¡Espero que estes bien y feliz! — Fala assim que o carro começa a se mover, com o canto de olho noto que ele abre uma caixinha com uma injeção, que posso supor ser o antídoto para tirar a paralisia forçada do meu corpo. Me sinto explodir internamente de ódio.— Ah, verdade, esqueci que você não consegue falar — sorri de lado, parecendo se divertir com a situação, depois seu olhar desvia para Ethan. 

— Estava ansioso para conhecer o seu herdeiro, prima. Algo me diz que você não o apresentaria para os familiares, de toda forma, parabéns! — Fala, parecendo sincero, mas aposto que está encontrando formas de me torturar, vejo que ele vai tocar Ethan e me movo como posso, ele percebe e volta as mãos para a injeção. 

— G-ael... — A palavra sai esganada, diante do esforço sobre-humano que faço para conseguir falar. Mas o que ele me deu, tento pensar em todas as substâncias que causam paralisia e não consigo pensar em nenhuma que deixe a vitima desse modo.

— O negócio é o seguinte chica, estamos fazendo um passeio e ficaremos alguns dias fora, quantos dias vai depender da agilidade de seu marido, não me responsabilize pela demora hein —  fala apontando as mãos para o próprio peito —  teremos algumas horas de viagem, você pode ficar paralisada até lá, ou posso te dar o antídoto e você fazer uma viagem mais confortável, amamentar o menino, que em algum momento deve pedir peito, essas coisas sabe, mas eu só darei o antidoto se você se comportar —  o olhar dele fixa no meu e ele coloca a mão no queixo, como se estivesse pensando — eu não quero ser obrigado a usar a força — engulo em seco, pensando em como fazer para fugir disso estando ainda com pontos da cirurgia e com o Ethan — então, pense bem antes de fazer qualquer coisa, eu sou mais rápido, mais forte e não preciso proteger ninguém além de mim mesmo. Estou muitos passos a sua frente prima, então, não faça nada estúpido. 

Assinto da melhor forma que posso, nas condições que meu corpo permite e ele tira a injeção da caixa e se prepara para aplicar em meu braço — Paralizina, o nome do veneno que apliquei em você, imaginei que quisesse saber — continua falando sem parar enquanto sinto o líquido quente entrando na minha carne — tenho me interessado muito por botânica ultimamente, e bem, isso me fez investir muito em laboratórios, esse é um veneninho que foi desenvolvido para criar a paralisia temporária, claro, tem um limite de tempo para dar o antídoto, três horas sem risco a vida, após isso o veneno afeta os órgãos, e então a situação fica complicada — após terminar de aplicar o antídoto começo a sentir aos poucos os movimentos voltarem e a sensação da dormência irem embora — é um mundo grande esse, eu pouco conhecia, confesso, mas estou me inteirando — ele fala parecendo empolgado com as próprias falas — espero que ela goste do que preparei para recebê-la. 

— Quem? —  Gael balança a mão em negativa. Engulo em seco, não me importava — certo, por que não para o carro um pouco, para podemos negociar, eu tenho certeza que...

— Ahh não, sem negociações entre nós querida, dessa vez os homens farão os negócios e a madame aguardará pacientemente pelo príncipe salvador no papel da princesa em perigo —  fala com um ar tão irritante que fecho os olhos com raiva — mas fique tranquila, iremos conversar sim,  um pouco, depois que chegarmos a sua casa temporária iremos conversar com tempo e muita calma. 

A Senhora • COMPLETOWhere stories live. Discover now