Capítulo 41

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Priscilla 🌺

Minha cabeça doía tanto, que mal conseguia abrir os olhos. E mesmo que quisesse, parecia não ser certo eu abrir.

Não lembrava do que tinha acontecido, apenas que eu tinha sofrido uma das maiores decepções da minha vida.

Quando fui resgatada, tirada de tanto sofrimento pelo Diogo, eu achei que minha vida mudaria e de fato mudou. Mas algumas coisas continuam as mesmas: nunca nunca vai me amar.

Se me dissessem que o Diogo não iria aparecer no chá de bebê da Sara, eu iria rir até chorar. Não acreditaria, porque ele se fazia presente em todas as consultas, nas compras e até começamos a montar o quartinho da minha bebê.

Foi uma das piores dores que já senti quando o vi todo sujo de batom. Um dos dias que era para ser importante para nós, para mim, para a Sara, ele faz isso. Ele estava com mulher. Não tínhamos nada sério, ele não havia me pedido e também nem sei se iria. Mas a forma como ele me tratava, tão bem, tão paciente, era bom para mim e parecia muito com o.. Eduardo, no começo, é claro. Ele era assim, todo romântico.

Sei que essa comparação pode ser absurda, Diogo que um homem, não um menino. Mas não sei, estava confusa e não sabia muito o que pensar.

Bruna: Pri. - escutei sua voz meio longe. - Acorda, meu amor. - senti seu toque no meu braço.

Manuela: Bru, você vai ficar aqui?

Bruna: O Tiego não quer deixar, mas vou. - disse e parecia decidida.

Manuela: E o cara lá? - perguntou baixo.

Bruna não respondeu nada e foi ai que perdi mais ainda minha vontade de abrir os olhos. Porque isso comigo?

•••••••••••••••

Contragosto, meus olhos se abriram e encarei aquele teto branco. O quarto estava bem iluminado, mas aquele cheiro de hospital estava me enjoando.

Tentei levantar para, pelo menos, me sentar, mas não consegui. Até que desisti e fiquei deitada apenas olhando para o teto. Eu parecia estar sozinha, como sempre fui e como sempre seria.

Me assustei com a porta sendo aberta e encarei o Tiego. Ele entrou no quarto e se assustou ao me ver acordada.

Tubarão: Só sai por cinco minutos e tu já acordou? - andou na minha direção. - Quer se levantar? Beber água? Comer algo? - perguntou tudo de uma vez.

Priscilla: Quero me levantar e sim quero água. - ele assentiu e me ajudou a ficar sentada e depois me entregou um copo com água. - Obrigada. - sorriu pequeno. - Cadê a Bruna? - bebi a água.

Tubarão: Fui deixar ela em casa ainda a pouco. Ela não queria sair daqui e te deixar sozinha, então uma enfermeira veio ficar aqui enquanto íamos. - assenti. - Você está bem?

Priscilla: Mais ou menos. Minhas costas estão doendo e a ponta da minha barriga também, fora isso, acho que sim. - ele balançou a cabeça.

Eu queria perguntar dele, mas não mesmo tempo não.

Limpei a garganta e ele me encarou.

Priscilla: E.. o.. DG? - engoli o seco.

Tubarão: Tá melhor. Já voltou a ser o Diogo. - apenas balancei a cabeça. - Ele queria te ver. Brigamos muito, porque ele queria vir e não deixei.

Priscilla: Era melhor não, aqui não é o melhor lugar para uma conversa.

Tubarão: Falei a mesma coisa, mas sabe como ele é, né? - coçou a nuca. - Está lá na recepção e quer te ver. - neguei com a cabeça.

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